Dia 13 de março de 2020, mais de 2.6 milhões de fortalezenses comemoraram o aniversário da capital do Ceará. A cidade que acabou de completar 293 anos apesenta extrema importância para o turismo brasileiro. Fortaleza é a quinta cidade mais populosa do Brasil, sendo privilegiada enquanto centro urbano, econômico e cultural para o país.
Fortaleza ainda enfrenta desafios que não condizem com a importância da cidade frente ao estado e a região nordestina; o saneamento básico, principalmente aos serviços de esgotamento sanitário, traz algumas preocupações.
Quando falamos em abastecimento de água, a situação da capital do Ceará é abaixo da média nacional. Atualmente, de acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) ? ano base 2018, 77,3% da população do município tem abastecimento de água potável.
Já em relação as perdas de água, com 48,1%, Fortaleza está acima da média nesse quesito. O indicador de perdas na distribuição mostra do volume de água potável produzido, quanto não é efetivamente consumido pela população. A perda média do país é de 38,5%, sendo assim, Fortaleza apresenta 10 pontos percentuais a mais que a média nacional.
Estima-se que na cidade apenas 49,9% da população da capital recebe atendimento de coleta de esgoto, e 58,1% dos esgotos de Fortaleza são tratados. Fortaleza ocupou o meio para baixo da tabela do Ranking do Saneamento Básico ? 100 Maiores Cidades, lançado em março de 2020, na 73ª posição.
As vantagens da expansão da rede de esgoto são diversas: desde a valorização imobiliária, econômica e educacional até a diminuição da proliferação de doenças que coloca em risco à saúde e a qualidade de vida de toda população.
Além dessas vantagens, estão também os empregados no turismo da cidade. Somente em 2018, foram registrados na capital cearense 84.031 pessoas empregadas na área do turismo. De acordo com dados retirados do novo portal do Trata Brasil, ?Painel Saneamento Brasil?, a diferença salarial de um fortalezense empregado no turismo com saneamento básico em residência para um com as mesmas características, mas sem saneamento é de cerca de R$ 1.100,00.
Por fim, dados também retirados do Painel Saneamento Brasil mostram que entres os anos de 2010 e 2018, pouco menos de R$ 1.5 bilhão foi investido nos serviços de água e esgotamento sanitário de Fortaleza, valor considerado alto se comparamos com as demais capitais do Brasil, principalmente as do Nordeste. Ou seja, mesmo investindo um valor considerável nos serviços de saneamento básico em um período de 9 anos, a cidade ainda está longe do ideal a ser fornecido para sua população.
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