Com 180 anos de existência, Maceió continua sem saneamento básico

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Foto: Wesley Menegari

Neste 05 de dezembro de 2019, mais de 1 milhão de maceioenses comemorarem o aniversário da capital de Alagoas. A cidade que acabou de completar 180 anos recebeu esse nome por apresentar diversas lagoas que secam durante o ano, aparecendo só em períodos específicos.  Maceió significa lagoa temporária e cíclica. A capital de Alagoas é a quinta maior do nordeste, atrás de Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE) e São Luiz (MA).

Entretanto, não há tantos motivos para os maceioenses comemoraram, pelo menos não em relação ao saneamento básico. Maceió ainda enfrenta desafios que não condizem com a importância da cidade frente ao estado e a região nordestina; o saneamento básico para os maceioenses, principalmente aos serviços de esgotamento sanitário, traz algumas preocupações.

Quando falamos em abastecimento de água, a situação da capital de Alagoas ainda é satisfatória. Atualmente, de acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) ? ano base 2017, 91,6% da população do município apresenta abastecimento de água potável.

Já em relação as perdas de água, com 57,2%, Maceió está muito fora da média nesse quesito. O indicador de perdas na distribuição mostra, do volume de água potável produzido, quanto não é efetivamente consumido pela população. Para termos uma noção, a perda média entre as 100 maiores cidades é de 43,14 % e a do país é de 38,3%, deixando claro que Maceió está perdendo uma quantidade fora do normal de água.

Agora quando falamos em esgotamento sanitário, a situação é ainda mais preocupante. Estima-se que na cidade apenas 30,9% da população da capital recebe atendimento de coleta de esgoto, e 31,5% dos esgotos de Maceió são tratados. Esses índices revelam que é necessário maior atenção por meio da prefeitura da cidade e que há desafios enormes na capital de Alagoas para serem enfrentados, até porque Maceió ocupou a parte final na tabela do Ranking do Saneamento, na 73ª posição. 

As vantagens da expansão da rede de esgoto são diversas: desde a valorização imobiliária, econômica e educacional até a diminuição da proliferação de doenças que coloca em risco à saúde e a qualidade de vida de toda população.

Além dessas vantagens, estão também os empregados no turismo da cidade. Somente em 2017, foram registrados na capital alagoana 31.415 pessoas empregadas na área do turismo, uma quantidade considerada grande e que é muito afetada pela falta de saneamento básico. De acordo com dados retirados do novo portal do Trata Brasil, o "Painel Saneamento Brasil", a diferença salarial de um maceioense empregado no turismo com saneamento básico em residência para um com as mesmas características mas sem saneamento é de cerca de R$ 915,00.

Por fim, dados também retirados do Painel Saneamento Brasil, mostram que entres os anos de 2010 e 2017, somente R$ 160 milhões foram investidos nos serviços de água e esgotamento sanitário de Maceió, valor bem abaixo do necessário para um período de 8 anos e por se tratar de umas das cidades mais importantes da região Nordeste do país.

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