Os desafios do saneamento básico em Minas Gerais

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Foto retirada de Catraca Livre

Neste 2 de dezembro de 2020, quase 21 milhões de mineiros comemoraram o aniversário do estado. Em 2020, é celebrado os 300 anos do desmembramento das capitanias de São Paulo e Minas Gerais. A decisão que marca o início da existência administrativa do estado foi tomada em 2 de dezembro de 1720, pelo Conselho Ultramarino de D. João V, rei de Portugal.

Minas Gerais apesenta extrema importância para a Região Sudeste, entretanto, ainda enfrenta desafios em relação ao saneamento básico, principalmente ao que concerne os serviços de esgotamento sanitário, traz algumas preocupações.

Quando falamos em abastecimento de água, o estado mineiro ainda necessita de algumas melhoras. Atualmente, de acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) ? ano base 2018, 82,1% da população da Minas Gerais tem abastecimento de água potável.

Já em relação as perdas de água, com 36,4%, Minas Gerais está próxima da média nacional nesse quesito. O indicador de perdas na distribuição mostra, do volume de água potável produzido, quanto não é efetivamente consumido pela população. Para termos uma noção, a perda média do país é de 38,5%, mesmo sendo números muito similares, Minas Gerais se destaca comparada com os demais estados do país.

Quando falamos em esgotamento sanitário, a situação é desafiadora para todas as cidades mineiras. Estima-se que no estado 72,1% da população receba atendimento de coleta de esgoto, e 39% do volume dos esgotos mineiros são tratados.

As vantagens da expansão da rede de esgoto são diversas: desde a valorização imobiliária, econômica e educacional até a diminuição da proliferação de doenças que coloca em risco à saúde e a qualidade de vida de toda população.

Podemos dizer, que entre os diversos setores socioeconômicos que o saneamento afeta em Minas Gerais, o mais prejudicado é a saúde, com as doenças por veiculação hídrica que atingem direta e indiretamente a população.  De acordo com o Painel Saneamento Brasil, em Minas Gerais, no ano de 2018, a incidência de internações por doenças de veiculação hídrica foi de 7,09 internações por 10 mil habitantes, duas vezes menor se compararmos há nove anos. Essa incidência teve como resultado, aproximadamente 15 mil internações por doenças associadas à falta de saneamento básico do estado em apenas doze meses.

Por fim, dados também retirados do Painel Saneamento Brasil mostram que entre os anos de 2010 e 2018, R$ 10,5 bilhões foram investidos nos serviços de água e esgotamento sanitário de Minas Gerais. Segundo o último estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, ?DESAFIOS DOS ESTADOS QUANTO AOS INVESTIMENTOS EM SANEAMENTO BÁSICO A PARTIR DO NOVO MARCO LEGAL?, o estado de Minas Gerais necessita investir 2x mais do que investe hoje para atingir as metas propostas pelo novo Marco Legal do Saneamento, que é de levar água para 99% da população e coleta dos esgotos para 90%. Ainda que haja desafios, espera-se que o estado mineiro auxilie os municípios para que todos alcancem as metas, principalmente os menores e mais afastados dos centros urbanos.

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