Os desafios do saneamento básico no Ceará

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No dia 17 de janeiro, mais de 9 milhões de cearenses comemoraram o aniversário do estado. Em 2021, é celebrado os 222 anos da emancipação da Unidade da Federação. A emancipação do Ceará foi garantida por Carta Régia assinada pela Imperatriz de Portugal, D. Maria I, em virtude do crescimento populacional e econômico que a antiga capitania do Ceará apresentava em 1799.

O Ceará apesenta extrema importância para a Região Nordeste, entretanto, ainda enfrenta desafios em relação ao saneamento básico, principalmente ao que concerne os serviços de esgotamento sanitário.

Quando falamos em abastecimento de água, o estado cearense ainda necessita de algumas melhoras. Atualmente, de acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) ? ano base 2019, 58% da população do Ceará tem abastecimento de água potável.

Já em relação as perdas de água, com 42%, Ceará está próximo da média nacional nesse quesito. O indicador de perdas na distribuição mostra, do volume de água potável produzido, quanto não é efetivamente consumido pela população. Para termos uma noção, a perda média do país é de 38,5%.

Quando falamos em esgotamento sanitário, a situação é desafiadora para todas as cidades cearenses. Estima-se que no estado somente 25,63% da população receba atendimento de coleta de esgoto, e 35,90% do volume dos esgotos cearenses são tratados.

As vantagens da expansão da rede de esgoto são diversas: desde a valorização imobiliária, econômica e educacional até a diminuição da proliferação de doenças que coloca em risco à saúde e a qualidade de vida de toda população.

Além dessas vantagens, estão também os empregados no turismo do estado. Somente em 2018, foram registrados no Ceará mais de 325 mil pessoas empregadas na área do turismo, uma quantidade considerada grande e que é muito afetada pela falta de saneamento básico. De acordo com dados retirados do portal do Trata Brasil, o ?Painel Saneamento Brasil?, a diferença salarial de um cearense empregado no turismo com saneamento básico em residência para um com as mesmas características, mas sem saneamento é de cerca de R$ 1.000,00.

Por fim, dados também retirados do Painel Saneamento Brasil mostram que entre os anos de 2010 e 2018, R$ 2,4 bilhões foram investidos nos serviços de água e esgotamento sanitário do Ceará. Segundo o último estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, ?DESAFIOS DOS ESTADOS QUANTO AOS INVESTIMENTOS EM SANEAMENTO BÁSICO A PARTIR DO NOVO MARCO LEGAL?, o estado do Ceará necessita investir quase 7x mais do que investe hoje para atingir as metas propostas pelo novo Marco Legal do Saneamento, que é de levar água para 99% da população e coleta dos esgotos para 90%. Ainda que haja desafios, espera-se que o estado cearense auxilie os municípios para que todos alcancem as metas, principalmente os menores e mais afastados dos centros urbanos.

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