Os impactos da falta de saneamento básico no Rio de Janeiro

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Imagem de chulhwan yoon por Pixabay

No dia 1° de março, uma das principais e mais bonitas cidades turísticas do mundo completou 456 anos. Fundada em 1565, a cidade do Rio de Janeiro foi a segunda capital do Brasil, depois de Salvador. Foi sede do governo brasileiro de 1763 até 1960, quando Brasília foi inaugurada. É atualmente uma das cidades mais fotografadas do mundo, sendo o principal cartão postal brasileiro.

Entretanto, assim como as belezas do Rio de Janeiro atraem diversos turistas, o saneamento básico da cidade os afasta. Uma cidade turística tão importante necessita de serviços básicos e qualidade de vida para seus habitantes e visitantes, e o principal sinônimo disso são os serviços de água e esgotamento sanitário.

Depois de 456 anos, o Rio continua enfrentando diversos desafios. O saneamento básico na capital fluminense ainda precisa de muitas melhoras, principalmente nos serviços de esgotamento sanitário, é o que aponta os dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano base 2019. Quando falamos em abastecimento de água, a cidade maravilhosa está acima da média nacional, tendo 98,44% da população do município apresentando abastecimento de água potável nas áreas regulares.

Quando falamos em esgotamento sanitário, os números são negativos, principalmente no quesito tratamento de esgoto. Estima-se que na cidade 86,28% da população de área regular da capital fluminense recebe atendimento de coleta de esgoto, entretanto, apenas 65,62% dos esgotos do Rio de Janeiro são tratados. Número preocupante por se tratar da cidade mais importante para o turismo do país.

Uma vez que cerca de 35% dos esgotos não são tratados, a chance de os mesmos serem descartados de forma incorreta na natureza é muito grande, podendo gerar graves consequências para a população. Esses índices revelam que ainda há alguns desafios na cidade para serem enfrentados. As vantagens da expansão da rede de esgoto são diversas: desde a valorização imobiliária, econômica e educacional até a diminuição da proliferação de doenças e o aumento da renda no turismo.

Dados retirados do novo portal do Instituto Trata Brasil, o ?Painel Saneamento Brasil?, mostram que só no ano de 2018, cerca de 240 mil pessoas estavam empregadas na área do turismo no Rio de Janeiro.  Sendo que, devido à falta de saneamento básico, a variação de renda entre essas pessoas foi muito grande. Uma pessoa empregada no turismo na capital fluminense, e que apresenta os serviços de saneamento básico em residência ganhava em torno de R$ 2.270,00, cerca de R$500,00 a mais que uma pessoa sem esses serviços básicos.

Além disso, dados também do ?Painel Saneamento Brasil? mostram que entres os anos de 2010 e 2018, cerca de R$ 2,5 bilhões foram investidos nos serviços de água e esgotamento sanitário do Rio de Janeiro, valor ainda abaixo por estarmos falando da principal cidade turística do país.

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