Panorama do saneamento nas cidades de Goiânia e Manaus

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Foto por LeisMunicipais

Hoje, dia 24 de outubro é o dia dos mais de 1.3 milhões de goianiense e 1.7 milhões de manauaras comemorarem o aniversário de suas cidades. A capital de Goiás e a capital do Amazonas fazem hoje 86 e 350 anos de existência, respectivamente. Entretanto, é apenas o dia de fundação que essas duas cidades têm em comum, tendo diversos fatores bem distintos, entre eles, o saneamento básico.

Infelizmente, não há tantos motivos para os manauaras comemoraram, pelo menos não no quesito ambiental. Ambas cidades precisam de melhorias, porém Manaus ainda enfrenta desafios que não condizem com a importância da cidade frente ao estado e a região; o saneamento básico para os manauaras, principalmente aos serviços de esgotamento sanitário, traz reflexões importantes.

Atualmente, de acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) ? ano base 2017, 79,7% da população de Manaus apresenta abastecimento de água potável, enquanto isso, quase toda população de Goiânia apresenta esse serviço, atingindo 99,6% dos goianienses. De acordo com o novo ?Ranking do Saneamento nas 100 Maiores Cidades? publicado pelo Instituto Trata Brasil em 2019, em parceria com a GO Associados, Goiânia aparece em 18ª colocação entre as 100 maiores cidades do país. Manaus é antepenúltima, na 98º posição.

Com 68,9% de perdas de água, Manaus está também nas últimas posições do Ranking nesse quesito. Goiânia novamente, aparece muito bem no quesito, tendo apenas 20,8% de perdas. O indicador de perdas na distribuição mostra, do volume de água potável produzido, quanto não é efetivamente consumido pela população. Para termos uma noção, a perda média entre as 100 cidades é de 43,14 % e a do país é de 38,3%.

Quando falamos em esgotamento sanitário, a situação é ainda mais preocupante para os manauaras. Estima-se que em Manaus apenas 12,3% da população recebe atendimento de coleta de esgoto, e 47,6% dos esgotos da capital do Amazonas são tratados. Totalmente oposta a essa situação, Goiânia apresenta 92,5% de sua população com coleta de esgoto, e 68,8% dos esgotos da capital de Goiás são tratados.

Esses índices revelam que ainda há desafios a serem enfrentados para ambas as cidades, visando sempre a melhora de seus serviços para a população. Entretanto, Manaus deve mudar o mais rápido possível essa situação, pois mesmo com apenas 86 anos Goiânia conseguiu avanços bastante significativos, enquanto Manaus em seus longos 350 anos ainda deve muito a sua população. 

As vantagens da expansão da rede de esgoto são diversas: desde a valorização imobiliária, econômica e educacional até a diminuição da proliferação de doenças que coloca em risco à saúde e a qualidade de vida de toda população, deixando claro a importância de investir no setor.

Por fim, dados retirados do novo portal do Trata Brasil, o "Painel Saneamento Brasil", mostram que entres os anos de 2010 e 2017, por volta de R$ 450 milhões foram investidos nos serviços de água e esgotamento sanitário de Manaus, valor abaixo do necessário para um período de 8 anos e por se tratar de umas das cidades mais importantes da região Norte do país.

Goiânia, por sua vez, investiu cerca de R$ 1.06 bilhões em saneamento básico no mesmo período de tempo, sendo considerada exemplo do quão importante são os investimentos para a melhora do setor.

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