Veja a diferença de investimentos entre as melhores e piores cidades do novo Ranking do Saneamento

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Desde 2009, o Instituto Trata Brasil divulga o Ranking do Saneamento Básico com foco nos 100 maiores municípios do país. A nova edição do estudo, realizado pela GO Associados, aborda os indicadores de água e esgotos com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) ? ano base 2019, divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional.

Nesse ano de 2021, o Instituto Trata Brasil consultou entidades do setor, autoridades, empresas operadoras e ONGs para aperfeiçoar a metodologia do Ranking.  Desta vez, foram consultadas mais de 20 entidades, entre os envolvidos tivemos também técnicos da ANA, Ministério do Desenvolvimento Regional e até do Ministério da Saúde. Com isso, esse Ranking incorpora nova metodologia, o que deve ser considerado na hora de comparar a colocação das cidades com anos anteriores.

Olhando a colocação das cidades no Ranking, Santos (SP) manteve a 1ª posição (Figura 1), obtida já no Ranking 2020, seguido de Maringá (PR), Uberlândia (MG), Franca (SP), Limeira (SP) e Cascavel (PR). Já entre as piores cidades, pela primeira vez, Macapá (AP) obteve a pior nota, seguida de outros municípios que sempre ficam entre os últimos, tais como Porto Velho (RO), Ananindeua (PA), São João de Meriti (RJ), Belém (PA) e Santarém (PA). O Ranking completo está na página www.tratabrasil.org.br .

Enquanto algumas cidades se destacaram por seu bom desempenho, outras apresentaram um cenário longe do ideal. Enquanto a média de investimentos das 20 melhores cidades foi de R$ 16, 4 milhões nos últimos cinco anos, as 20 piores investiram apenas R$ 2,4 milhões, diferença de 569%.

Estudos anteriores feitos pelo Trata Brasil e GO Associados mostraram que, em média, as cidades deveriam investir um valor aproximado de R$ 113,30 por habitante / ano para caminharem à universalização dos serviços. Segundo dados do novo Ranking, nos 20 municípios mais bem colocados foram investidos anualmente em média R$ 84,59 por habitante, valor bem distante do ideal.

Esses dados demonstram que o Brasil ainda tem que investir bastante para alcançar a meta estabelecida com o novo Marco Legal do Saneamento que pretende alcançar a universalização até 2033, garantindo que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e coleta de esgoto.

Confira outros indicadores entre os 20 melhores e 20 piores do Ranking


Nos últimos oito anos do Ranking, 29 municípios distintos chegaram a ocupar as 20 últimas posições. Desses, 17 estiveram nas últimas colocações em pelo menos seis edições do Ranking de Saneamento. Observou-se ainda que 13 municípios se mantiveram desde 2014 dentre os últimos colocados do Ranking, sendo três localizados no estado do Pará e três no Rio de Janeiro. Além disso, Porto Velho (RO), Ananindeua (PA), Santarém (PA) e Macapá (AP) estiveram sempre nas 10 últimas colocações que contemplam as 100 maiores cidades do país.

Posições ocupadas pelas 20 piores cidades entre 2014 e 2021 (SNIS 2012 a 2019)

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