Saiba como a falta de saneamento básico afeta na alfabetização da população

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No dia 8 de setembro é comemorado o dia mundial da alfabetização.

Com o propósito de aumentar a alfabetização nos países pelo mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) instituíram esta data em 1967.

O processo da alfabetização está diretamente relacionado com o desenvolvimento de um país. Quanto mais pessoas analfabetas, menor é o índice de desenvolvimento. Deixando claro o tamanho da importância da educação na vida das pessoas

Visando isso, no texto do blog de hoje falaremos sobre como a falta dos serviços de água e esgoto afetam na alfabetização da população.

Um relatório do Unicef de 2018 intitulado ?Pobreza na infância e na adolescência? mostrou que 24,8% das crianças e dos adolescentes no Brasil estão em privação de saneamento, tendo como principal consequência a defasagem na educação desses jovens.

Esses baixos índices de saneamento básico aos jovens afetam diretamente os anos escolares. De acordo com dados do Painel Saneamento Brasil, plataforma de informações gerencia pelo Instituto Trata Brasil, há grande diferença no que diz respeito aos anos de escolaridade das crianças com saneamento básico e os que residem em locais sem acesso aos serviços. Estima-se que no Brasil, a diferença em anos de educação formal de um jovem com saneamento básico para um sem esses recursos é cerca de 4,1 anos.

Essa diferença em anos letivos considera o efeito do saneamento sobre a presença escolar. Assim, se for dado acesso à coleta de esgoto a uma criança que mora em uma área sem acesso a esse serviço, espera-se uma melhora geral na qualidade de vida, gerando menos índices de diarreia e redução do número de dias de falta nas aulas, entre outros aspectos, possibilitando uma maior presença, com efeito sobre educação formal.

Ao compararmos os anos formais de educação dos anos de 2010 até 2018, vemos que a escolaridade dos jovens sem saneamento continua sendo sempre em média 4 anos a menos da população com esses recursos básicos em casa. Em 2010, a escolaridade média sem saneamento foi de 4,88 anos, enquanto em 2018 quem não tinha saneamento estudava por volta de 5,63 anos. Já os jovens que habitavam locais com saneamento, em 2010, apresentavam escolaridade média de 8,98 anos, enquanto 9 anos depois esse número subiu para 9,73 anos. Mesmo com o aumento considerável desses índices com o passar do tempo, o número de anos formais completos pelos jovens brasileiros ainda é muito baixo, sendo um dos principais culpados, o saneamento básico do país.

O país deve investir de médio a longo prazo para aumentar os investimentos em saneamento básico e, por consequência, além de melhorar o acesso a água, coleta e tratamento de esgoto, possa também aumentar o número de pessoas alfabetizadas no país.

Para saber mais sobre educação e outros dados associados ao saneamento básico do país acesse:

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