Documentário: A Luta pelo Básico

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A situação do saneamento básico no Brasil é preocupante; os dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano-base 2015, mostram que cerca de 83,3% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada, 50,3% da população possui acesso à coleta de esgoto e somente 42% dos esgotos são tratados.

Em comemoração aos 10 anos de muito trabalho, o Instituto Trata Brasil em parceria com a Sabesp, produziu um documentário elaborado pela Kurundu Filmes. O vídeo aborda a importância da água e do esgotamento sanitário em comunidades vulneráveis que passaram a receber esses serviços. Intitulado “A luta pelo básico – saneamento salvando vidas”, o vídeo mostra relato de moradores e líderes comunitários falando da qualidade de vida, antes e depois dos serviços.

Os locais mostrados são bairros localizados dentro e no entorno da cidade de São Paulo, em especial as comunidades do Cantinho do Céu e Comunidade do Vietnã, na zona sul, bairro Itajuíbe, na zona leste, e Vila Tanquinho, localizada no município de Ferraz de Vasconcelos.

Visitamos também, comunidades em Porto Alegre, como a Vila Dique, Vila Amizade e Vila Athenis. Há também depoimentos de moradores em municípios de Pernambuco, como Buíque e Itaíba.
Os depoimentos testemunham a redução dos casos de doenças, o aumento da autoestima e da perspectiva de vida das pessoas a partir da chegada do acesso regular à água potável e coleta de esgotos. Além disso, os relatos mostram ainda que os serviços de saneamento normalmente vêm acompanhados de outras infraestruturas, como asfaltamento, iluminação, pública, entrega de correspondência, regularização do CEP, entre outros que ajudam na busca por empregos e trazem mais dignidade às pessoas.

O Instituto Trata Brasil vem promovendo estudos e debates visando mostrar a realidade da falta de saneamento em áreas irregulares e reforça a necessidade de que se chegue a um entendimento institucional que permita avançar com as redes de água e esgoto nessas áreas já consolidadas. Não podemos mais fazer de conta que essas pessoas não existem. O direito à saúde e à vida deve prevalecer nos entendimentos entre prefeituras, ministério público, órgãos ambientais e empresas de saneamento.

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