Capital com um dos piores indicadores de água tratada e coleta de esgoto, Porto Velho necessita investir na universalização do saneamento básico

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Dados presentes no Ranking do Saneamento dos últimos anos demonstram os desafios que o município deverá enfrentar para melhorar essa infraestrutura

Desde 2009, o Instituto Trata Brasil divulga o Ranking do Saneamento Básico com indicadores de água e esgotos das 100 maiores cidades do país com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Analisando o Ranking por edições passadas, até a última edição lançada em 2021, a capital de Rondônia, Porto Velho figura entre as 10 piores cidades nos indicadores de saneamento básico há anos.

Como exemplo, em 2017, a capital rondoniense ocupava a 97ª posição no Ranking, a população com atendimento a água correspondia apenas a 33,96% e o atendimento a coleta de esgoto para população era de somente 3,71% e todo esgoto gerado não era tratado. Em relação ao indicador de perdas de água, o município tinha um desperdício de 67,00% de água nos sistemas de distribuição.

Na última edição lançada do Ranking do Saneamento Básico 2021, o município de Porto Velho ocupa a penúltima posição, ou seja, em comparação com a 2017 o município caiu duas posições. O atendimento de água para a população corresponde a 33,76%; o acesso a coleta de esgoto para os habitantes é de 4,67% e somente 1,81% do esgoto gerado é tratado. Na capital de Rondônia, 83,88% da água produzida não chega de forma oficial para a população.

É possível concluir com base na análise dos indicadores de saneamento de Porto Velho durante os últimos anos que a capital enfrentará grandes desafios para levar a infraestrutura a toda população até 2033 – meta do novo Marco Legal do Saneamento Básico.

O estudo “Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento em Rondônia” realizado pelo Instituto Trata Brasil, elaborado pela Ex Ante Consultoria Econômica, com parceria institucional do Ministério Público do Estado de Rondônia, traz um diagnóstico dos ganhos sociais, ambientais e econômicos que essa infraestrutura traria ao estado de Rondônia, um dos piores do país em relação aos serviços de saneamento básico. O estudo aponta que a ausência mais significativa em esgotamento sanitário está na capital, Porto Velho, aonde 95,3% dos moradores não são atendidos com coleta e tratamento dos esgotos.

Para a capital rondoniense é essencial o investimento para universalização do saneamento básico. O estudo aponta que a universalização trará muitos ganhos para Rondônia, em especial nas áreas da saúde, aumento da produtividade do trabalho, educação, renda da valorização imobiliária e do turismo, com um balanço acima de R$ 3 bi nas próximas décadas. O Estado e os municípios precisam se unir para caminhar num projeto único de expansão do saneamento, incluindo necessariamente Porto Velho.

*Foto de capa: Wilson Dias/ABr*

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