Controle das perdas de água nos sistemas de distribuição é um dos desafios da região Nordeste

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Com índice maior que a média nacional, o Nordeste desperdiça 46,28% da água potável

No mês de junho, o Instituto Trata Brasil divulgou a nova edição do estudo “Perdas de Água Potável 2022 (SNIS ano base 2020): Desafios para Disponibilidade Hídrica e Avanço da Eficiência do Saneamento Básico no Brasil”. Com base nos dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, o relatório analisa a grande ineficiência do país na distribuição da água potável pelas regiões, estados e cidades. 

Dados presentes no estudo apontam que um volume equivalente a 7,8 mil piscinas olímpicas de água tratada é desperdiçado, enquanto quase 35 milhões de brasileiros não tem acesso ao recurso. Ademais, os indicadores de perdas de água não diferem de outros indicadores de acesso ao saneamento quando olhamos regionalmente.

Logo após a região Norte, o Nordeste apresenta o segundo pior índice de perdas nos sistemas de distribuição do país. A região que abriga mais de 57 milhões de pessoas, desperdiça 46,28% da água potável, isto é, todo esse volume não chega de forma oficial nas residências da população nordestina.

Gráfico 1 – Índice de Perdas na Distribuição de 2016 a 2020 por regiões

grafico 1

Analisando ao longo dos anos é possível observar nenhum esboço de evolução e melhoria no indicador. Número que se torna ainda mais preocupante, quando somado aos 14 milhões de habitantes que vivem sem acesso à água na região Nordeste. Desta forma, a redução e controle do nível de perdas poderia atender essa população que não tem água nem ao menos para lavar as mãos. Além disso, sete estados da região apresentam o índice de perdas maior que a média nacional.

Gesner Oliveira, sócio da GO Associados (parceira na elaboração do estudo), ressalta a importância do controle de perdas para o cumprimento das metas estabelecidas pelo Marco Legal até 2033. “A eficiência do sistema de distribuição de água é essencial, principalmente para se alcançarem as metas do Novo Marco Legal do Saneamento. Além disso, as incertezas com relação aos ciclos de chuvas e aumento das temperaturas tornam o problema ainda mais patente”, completa Gesner.

 

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