Dia Nacional da Saúde: Acesso digno ao saneamento básico é essencial para melhoria da saúde

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Residências no país sem acesso a banheiro são de 1,6 milhão

Desde 1967, todo dia 5 de agosto de agosto é celebrado o Dia Nacional da Saúde. A data criada pelo  Ministério da Saúde, da Educação e da Cultura foi escolhida por ser a data de nascimento do sanitarista Oswaldo da Cruz, um dos importantes nomes da área da saúde a trabalhar para a erradicação de epidemias que aconteciam no Brasil durante o século XX.

A precariedade dos serviços básicos impacta diretamente na área da saúde. No país, aproximadamente 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável – nem ao menos para lavar as mãos. Além disso, quase 100 milhões de habitantes não têm atendimento à coleta de esgoto e apenas 50,8% dos esgotos produzidos são tratados, ou seja, são mais de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento despejadas na natureza diariamente.

Para entender como a falta esses serviços geram mais doenças e internações, e até levam a óbito, o estudo lançado pelo Trata Brasil em 2021, intitulado SANEAMENTO E DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA – ano base 2019”, apresenta dados que exemplificam um dos grandes desafios do país.

Segundo o relatório, em 2019, a falta de acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário resultaram em 2.734 óbitos, uma média de 7,4 mortes por dia de pessoas. Não obstante, ocorreram mais de 273 mil internações por doenças de veiculação hídrica no período citado acima – o estudo foi realizado a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e o DATASUS, portal do Ministério da Saúde.

Em outro estudo divulgado pelo ITB, desta vez nesse ano de 2022, no qual, discorre sobre o impacto da falta do saneamento na vidas das mulheres, a privação dos serviços de água e esgotamento sanitário resultou em 1,668 milhão de pessoas afastadas de suas atividades cotidianas por motivos de diarreia ou vômito, e doenças transmissíveis por insetos. Desse total, as mulheres correspondiam a 60,7% (1,012 milhão), enquanto a porcentagem  de homens era de  39,3% (656 mil).

Por meio de dados da  Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE, ano base 2019, estima-se que houve 43,374 milhões de casos de afastamento por doenças de veiculação hídrica, sendo 26,324 milhões de casos entre as mulheres.

A universalização do saneamento básico é essencial para que o país melhore a saúde da população. Fornecer acesso à água potável e coleta e tratamento de esgoto, disponibilizando condições dignas de saúde para população, resultará em diversos ganhos socioeconômicos, como por exemplo, no aumento da produtividade do trabalho: com a redução de internações por doenças de veiculação hídrica, os trabalhadores podem mais tempo hábil em suas respectivas atividades.

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