O Brasil também enfrenta problemas na distribuição de água potável apresentando um alto índice de desperdício
No país, aproximadamente 35 milhões de brasileiros não têm abastecimento de água em suas residências. Não obstante, o Brasil ainda registra grande ineficiência na distribuição da água potável pelas regiões.
De acordo com dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) com ano de 2020, 40,1% de toda água potável captada é desperdiçada nos sistemas de distribuição e não chegam de forma oficial as residências do país.
Em estudo feito pelo Instituto Trata Brasil em 2021, a partir de dados do SNIS 2019, uma redução de 40% para 25% significaria atender a todas as favelas por quase três anos. Segundo outro estudo do Trata Brasil, intitulado: “As Despesas da Família Brasileira com Água Tratada e Coleta de Esgoto”, mais da metade das famílias abaixo da linha de pobreza (renda diária per capita de U$ 5,50 conforme conceitos do Banco Mundial) não recebem serviços de água e/ou esgoto coletado, ou seja, o desperdício de água poderia abastecer milhares de pessoas.
Com a pandemia da Covid-19, esses números se tornam ainda mais preocupantes. Isto é, milhões de brasileiros não possuem acesso à água nem para lavar as mãos em plena pandemia.
Para atender toda a população com água potável e reduzir as perdas, o país necessita investir nos serviços de saneamento básico. Segundo o SNIS 2020, os investimentos em água e esgotamento sanitário foram de R$ 13,7 bilhões, um valor menor que em 2019.
O papel do governo brasileiro é essencial na busca de soluções para alcançar a universalização do saneamento no país. Até 2033, o Brasil deve atender 99% da população com abastecimento de água tratada e 90% da população com coleta dos esgotos, conforme a aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento.