No último dia 25 de novembro de 2015, o Instituto Trata Brasil promoveu o evento Saneamento Básico em São Paulo e no Brasil ? Como chegar à universalização e o desafio das áreas irregulares
O evento promoveu seminários e debates sobre o cenário do saneamento no estado de São Paulo, bem como nos desafios da prestação de serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto em áreas irregulares das grandes cidades do estado.Na oportunidade, apresentou o estudo ?Saneamento em Áreas Irregulares no Estado de São Paulo?. Este estudo expõe os desafios que 12 grandes cidades paulistas enfrentam na questão do saneamento, principalmente em áreas ainda não regularizadas.
Saneamento em Áreas Irregulares: Sobre o Estudo
Se já existem dificuldades de implantar serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto em grandes municípios, quando se trata de áreas irregulares, os desafios são ainda maiores, mesmo em áreas que já existem há décadas. O estudo procurou identificar a situação do saneamento básico, especialmente dos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento dos esgotos, nas áreas irregulares de 12 grandes municípios do Estado de São Paulo.O estudo inclui cidades como São Paulo, Campinas, São Bernardo do Campo e Santos, entre outras. No total, foram informadas 2.838 áreas irregulares nos municípios. Deste total, apenas 17,3% dos assentamentos têm acesso à rede de abastecimento de água, mesmo que parcialmente, e 8,2% têm acesso a coleta de esgoto.
A falta de saneamento básico assola milhões de brasileiros, como aponta os últimos dados do SNIS 2013. Menos da metade dos brasileiros estão conectados às redes de coleta de esgotos e apenas 39% dos esgotos gerados são tratados. Além disso, há mais de 30 milhões sem acesso à água tratada. A carência do saneamento básico atinge a todos, mas é certo que os maiores impactos estão nas famílias de baixa de renda, muitas delas residentes em locais denominados ?aglomerados subnormais?, ou simplesmente áreas irregulares.