No último post do blog do Trata Brasil citamos as 20 melhores cidades em índices de saneamento no Brasil, neste post iremos citar as 10 piores nos indicadores de água e esgoto.
Dos 20 piores municípios do Ranking, cinco são do Rio de Janeiro, três do Rio Grande do Sul e três do Pará. Além disso, há um município de cada um dos estados seguintes: Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Rondônia, Acre, Santa Catarina, Piauí e Pernambuco.
Indicadores de água
Com relação ao atendimento total de água dos 20 piores municípios, apenas sete possuem mais do que 90% de atendimento. Além disso, cinco municípios possuem níveis de atendimento próximos ou inferiores a 50%: Macapá (AP), Porto Velho (RO), Santarém (PA), Ananindeua (PA) e Rio Branco (AC). O indicador médio para o grupo é de 79,22% valor abaixo da média nacional, que segundo o SNIS 2016, é de 83,30%.
Já para o indicador de atendimento urbano de água, três municípios atendem menos da metade da população com água, Macapá - AP (39,40%), Porto Velho - RO (36,30%) e Ananindeua - PA (30,10%). O indicador médio para o grupo é de 80,59% valor também inferior à média nacional, que segundo o SNIS 2016, é de 93,00%.
Indicadores de esgoto
Para o indicador de atendimento total de esgoto, Ananindeua (PA) realiza coleta de esgoto próxima a zero (0,75%). Além deste, outros cinco municípios coletam menos que 15% do esgoto que produzem. O indicador médio para o grupo é de 24,96% valor bastante inferior à média nacional, que segundo o SNIS 2016, é de 51,90%.
De maneira semelhante, os indicadores de atendimento urbano de esgotos também são baixos. O indicador médio para o grupo dos 20 piores que é de 25,61%, sendo bastante próximo ao indicador de atendimento total de esgoto; a discrepância é ainda maior em relação à já baixa média brasileira de 59,70%.
Com relação ao indicador de tratamento, São João de Mereti (RJ) e Nova Iguaçu (RJ) não tratam volume algum de esgoto; Ananindeua (PA) trata 0,91%, valor muito próximo de zero. Além disso, mais da metade dos municípios trata menos que 15% do esgoto produzido. O indicador médio para o grupo é apenas 14,44% sendo a média brasileira de 44,90%.
Investimentos
Quanto aos investimentos dos últimos 5 anos, a mediana entre os municípios
foi de R$ 67,26 milhões. Em termos per capta anual, a indicador médio dos investimentos foi de R$ 29,31 por habitante.
Perdas
No que diz respeito ao indicador de perdas de faturamento, todos os municípios possuem níveis de perdas acima de 30% (o dobro do parâmetro considerado adequado de 15%). Além disso, oito municípios possuem perdas maiores que 60%. Manaus (AM), por exemplo, deixa de faturar 71,85% da água produzida. O indicador médio de perdas no faturamento é de 58,55%.
Diferente dos piores índices, as cidades com maiores colocações na tabela contam uma boa gestão e constantes melhorias nos sistemas que compõem o abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto. Os resultados são a melhoria da qualidade de vida em vários aspectos, a valorização do turismo e da economia e desenvolvimento para as cidades.
A população precisa se conscientizar de que possuir rede de esgoto e serviços adequados é essencial para a vida, pois assegura que mais brasileiros não precisem ser afetados por esse verdadeiro inimigo silencioso que é o saneamento inadequado