Cinco cidades do Norte do país apresentam números negativos desse índice
Lançado no mês de março, o Ranking do Saneamento 2022 contempla diversos indicadores dos serviços de saneamento básicos para avaliar e ranquear as 100 maiores cidades do país, dos quais, um dos principais é o índice de coleta de esgoto. No Brasil, a média desse serviço é de 54,95% da população atendida com esgoto coletado, enquanto a média dos municípios estudados é de 75,69% da população com esse serviço.
Em comparação com o ano anterior, o indicador médio de coleta dos municípios apresentou um avanço bastante tímido de apenas 1,22 p.p. Em 2019, o esgoto coletado era de 74,47% entre os municípios analisados.
Dentre os municípios analisados apenas dois possuem 100% de coleta de esgoto, sendo esses, Piracicaba (SP) que se encontra na sétima posição do Ranking, e a cidade de Bauru (SP) localizada na 73ª posição. Outros 34 municípios possuem índice de coleta superior ou igual a 90% e, portanto, podem também ser considerados universalizados de acordo com a legislação. O menor percentual de população atendida com serviço de coleta de esgoto na amostra foi 4,14%, no município de Santarém (PA), ranqueado na antepenúltima posição das 100 maiores cidades do Ranking.
Tabela 1 – Municípios com indicadores positivos e negativos no acesso à coleta de esgoto
Fonte: GO Associados/ Instituto Trata Brasil
Entre os municípios que constam com bons números de coleta de esgoto, dois são municípios do estado de São Paulo, como mencionado anteriormente no texto; e os outros três municípios são do Paraná, sendo: Cascavel, que ocupa a oitava posição no Ranking; Curitiba (12ª posição); e Londrina (19 posição).
Em contrapartida, os cinco municípios com números negativos a este indicador são todos da região Norte, sendo quatro capitais nacionais. Além do mais, esses municípios se encontram nas cinco últimas posições do Ranking Saneamento 2022 – acesse a tabela completa: https://tratabrasil.org.br/pt/estudos/ranking-do-saneamento/itb/ranking-do-saneamento-2022.
O Marco Legal do Saneamento Básico definiu que uma das metas para cumprir até 2033 é a coleta e tratamento de esgoto para 90% da população. Entendendo essa meta como prioridade para a universalização dos serviços básicos, a 14ª edição do Ranking do Saneamento joga luz em capitais e outras grandes cidades para que os problemas referentes ao acesso ao saneamento básico sejam um dos principais investimentos nessa década, para que possamos adentrar em 2030 perto de cumprir com o que foi acordado no Novo Marco.