Desde 2007, o Instituto Trata Brasil avalia as situações regionais do saneamento básico para compreender os desafios e possíveis ganhos que estados e municípios teriam com a universalização do saneamento, sobretudo ganhos na saúde pública, com a redução de doenças, mas também na educação, no trabalho e renda, geração de empregos, melhorias no valor dos imóveis e no turismo.
Capital Rio Branco e suas deficiências sanitárias: o Trata Brasil há 11 anos publica seu Ranking do Saneamento, com base nos indicadores das 100 maiores cidades, e Rio Branco há muitos anos figura entre as piores cidades. No relatório 2021 (ano base 2019), a capital estava na 92ª posição entre as 100 cidades. Isso evidencia que tanto o estado quanto a capital têm desafios enormes em saneamento básico e estão muito distantes das metas previstas no novo Marco Legal do Saneamento.
Como parte destas análises regionais, este estudo se propôs a analisar os ganhos que a universalização do saneamento traria ao Estado do Acre e suas maiores cidades. Embora não se tenha um estudo definitivo sobre a ligação entre a falta de saneamento básico com o aumento de casos de Covid-19, é muito provável que a escassez de serviços de saneamento do Acre dificulta o combate à doença causada por esse vírus. Apenas 48% da população tem acesso à água potável e somente 10% dos acreanos têm o esgoto coletado. Vale ressaltar que a pandemia avança também nesse estado, com quase 74 mil pessoas infectadas e 1.400 mortos (abril 2021 - https://agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2021/04/BOLETIM_AC_COVID_12-04-2021.pdf ).