A importância do saneamento básico para a saúde da população

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Foto retirada do Unsplash

O Dia Nacional da Saúde é celebrado anualmente em 5 de agosto no Brasil. Esse dia foi escolhido por ser a data de nascimento do sanitarista Oswaldo da Cruz, um importante personagem na história do combate e erradicação das epidemias da peste, febre amarela e varíola no Brasil, no começo do século XX.

O objetivo principal desse dia é conscientizar as pessoas sobre a importância de preservar a saúde para uma melhora na qualidade de vida. E dentre os diversos problemas que impedem a maioria dos brasileiros de terem essa qualidade de vida está a precariedade dos serviços saneamento básico.

Atualmente, mais de um bilhão de pessoas no mundo não apresenta acesso a banheiro. Essa situação afeta principalmente os países com menos recursos e em desenvolvimento, e, como consequência da falta de saneamento, cerca de um milhão de mortes são contabilizadas por ano no mundo advindas de doenças relacionadas do contato direto com as fezes humanas e/ou esgoto ao céu aberto. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 88% das mortes por diarreias decorrentes desse contato são causadas pelo saneamento inadequado. Desses óbitos, 84% são de crianças. Tais porcentagens comprovam que a falta de recursos básicos prejudica a saúde dos cidadãos.

Quando falamos do nosso país, não é diferente, a porcentagem da população com acesso à rede de água e coleta de esgoto no Brasil é de 83,6% e 53,15% respectivamente. O volume de esgoto tratado está perto de 46%, de acordo com Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento ? SNIS -, 2018. Por apresentar baixos indicadores, diversos setores do país são altamente afetados pelos baixos índices de saneamento básico, dentre eles o trabalho, turismo, preservação ambiental, educação e principalmente a saúde.

Entre as principais consequências estão as doenças por veiculação hídrica que atingem direta e indiretamente a população.  Dados retirados do Painel Saneamento Brasil, plataforma de dados do Instituto Trata Brasil, mostram que só em 2018, cerca de 233 mil casos por doenças associadas à falta de saneamento foram registrados no país, o que corresponde a uma incidência de 11 internações para cada 10 mil habitantes, resultando em 2180 mortes e uma despesa de aproximadamente R$ 90 milhões com as internações

Quando olhamos para os mais jovens do país, a situação é ainda pior, dados também do Painel Saneamento Brasil mostram que em 2018, a falta de saneamento impactou muito a saúde dos jovens, ocorrendo diversos casos de doenças por veiculação hídrica, principalmente em crianças e adolescentes de 0 a 14 anos. Em 2018 foram registradas 115.151 internações de crianças até 14 anos relacionas a falta de água tratada e o contato com esgoto a céu aberto, cerca de metade de todas as internações por veiculação hídrica do país. Os 115.151 casos de doenças por veiculação hídrica em jovens no decorrer de um ano assomado à falta de melhoras no setor de saneamento do país resultaram em óbitos. Só no ano de 2018 foram registrados 91 óbitos decorrentes dessas doenças em crianças de 0 a 4 anos no Brasil.

Um estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, intitulado de ?Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento Brasileiro?, mostra que em 20 anos, caso o Brasil consiga universalizar os serviços de saneamento básico, o Sistema de Saúde Único (SUS) pode economizar até R$ 6 bilhões com custos por internações de doenças de veiculação hídrica.

O país deve aumentar os investimentos em saneamento básico, buscando sempre a universalização, e, por consequência, além de ampliar os serviços de água e esgoto, possa também melhorar a saúde dos brasileiros. Estima-se que o país necessite de R$ 400 bilhões para garantir acesso universal à água e esgotamento sanitário (coleta e tratamento) para toda a população, de acordo com estimativas do próprio setor.

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