Como o saneamento interfere na educação do país?

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Há muito tempo estamos vivendo em um país onde a falta de saneamento impacta diretamente os estados, metrópoles e cidades ao redor de todo Brasil. Muitos locais no país ainda estão em situações precárias, com destaque para as regiões Norte e Nordeste que há anos são as que apresentam maiores dificuldades no setor.

Os índices ainda são preocupantes, é o que mostra o Painel Saneamento Brasil, plataforma com os principais indicadores socioeconômicos e ambientais divulgado pelo Instituto Trata Brasil.

No Brasil, são quase 35 milhões de pessoas sem acesso ao atendimento de água, 47,6% da população não tem acesso à coleta de esgoto, o que representa quase 100 milhões de pessoas. Já no que diz respeito ao tratamento, apenas 46% de todo o volume de esgoto é tratado. Além do mais, diariamente são cerca de 5.622 piscinas olímpicas de esgoto jogadas diariamente na natureza.

Entre uma das principais consequências da precariedade dos serviços, está o impacto na educação da população. De acordo com dados do Painel Saneamento Brasil, há grande diferença no que diz respeito aos anos de escolaridade das pessoas com saneamento básico e os que residem em locais sem acesso aos serviços. Estima-se que no Brasil, a diferença em anos de educação formal de uma pessoa com saneamento básico em sua residência para um sem esses recursos é cerca de 2,31 anos.

Em 2017, a escolaridade média da população com saneamento no país foi de 9,63 anos ? ano com a maior tempo de escolaridade. Esse índice aumentou consideravelmente se compararmos com 2010 ? ano que apresentou o menor índice, cerca de 0,65 anos a menos, totalizando apenas 8,98 anos de estudo formal. Desde 2011, houve apenas aumento, mesmo que gradativo, na educação da população com saneamento em sua residência.

Mesmo apresentando aumento na educação da população sem saneamento no decorrer desses 8 anos, os anos de educação formal ainda continuam baixos e muito menores comparado a população com saneamento em suas residências.

Ao compararmos os anos formais de educação dos anos de 2010 até 2017, vemos que a escolaridade da população sem saneamento continua sendo sempre em média 2 anos a menos da população com esses recursos básicos em casa. Em 2010, a escolaridade média sem saneamento foi de 6,81 anos enquanto em 2017 quem não tinha saneamento estudava por volta de 7,32 anos. Cerca de 0,41 anos a mais em um período de 8 anos. Mesmo ocorrendo avanços, a diferença ainda é mínima para um período de tempo tão longo.

Essa diferença, considera o efeito do saneamento sobre a presença escolar. Assim, se for dado acesso à coleta de esgoto a uma criança que mora em uma área sem acesso a esse serviço, espera-se uma melhora geral de sua qualidade de vida gerando menos índices de diarreia e redução do número de dias de falta nas aulas, entre outros aspectos, possibilitando uma maior presença, com efeito sobre educação formal.

O país deve investir de médio a longo prazo para aumentar seus investimentos em infraestrutura (saneamento básico) e por consequência, além de melhorar o acesso a água, coleta e tratamento de esgoto, possa também aumentar a média de anos formais de educação da população brasileira.

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