Um dos pontos que precisamos nos aprofundar no debate são as perdas de água nos sistemas de distribuição. Ao distribuir água para o consumo humano, os sistemas de distribuição de água acabam sofrendo com problemas externos, como furtos, vazamentos, erros de leitura na medição e muito mais.
Para ter uma noção do tamanho da gravidade das perdas, dados apontam que em 2017, cerca de 7 mil piscinas olímpicas de água potável foram perdidas todos os dias no país.
Estima-se que o Brasil perde 38,3% de volume de água em sua distribuição e 36,9% em seu faturamento. Para piorar, não houve nenhum tipo de melhora nos últimos 8 anos para os dois quesitos.
A melhor menor média nas perdas de distribuição total no país foi de 36,7% nos anos de 2014 e 2015. Em 2010, em seu ano mais elevado, a média chegou a 39% , em 2017 esse número chegou à 38,3%, melhora praticamente mínima comparada a 8 anos atrás, como mostra o gráfico abaixo:
Os impactos derivados das perdas de água afetam principalmente a receitas das empresas prestadores de serviços (água e esgoto) das regiões.
Em relação as perdas de faturamento no país, a melhor média foi de 34,8% no ano de 2015 ? ano com o índice mais baixo. Em 2011, em seu ano mais elevado, a média chegou a 37% , e em 2017 esse número chegou à 36,9%, surpreendentes 0,1% de melhora em 7 anos, como podemos ver abaixo:
Entre as 27 Unidades da Federação, Roraima é o pior estado quando falamos em perdas na distribuição e no faturamento, só em 2017 foram 75,4% e 75,3% respectivamente. Já o estado de Goiás fica com o melhor índice de perdas na distribuição, perdendo 26,4%, enquanto o Distrito Federal apresentou somente 20% no ano de 2017.
Para concluir, as desvantagens perdas de água são diversas, causando grandes impactos sociais e econômicos, principalmente com a redução do acesso a água no país e menor disponibilidade hídrica.
Por isso, é necessário investimento para atingir indicadores mais eficientes, além de tomada de atitudes para a melhoria da gestão nas cidades.