Impactos da falta de saneamento básico no turismo do país

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A falta de saneamento impacta diretamente os estados, metrópoles e cidades ao redor de todo Brasil. Muitos locais no país ainda estão em situações precárias, com destaque para as regiões Norte e Nordeste, que há anos são as que apresentam maiores dificuldades em relação aos indicadores de saneamento básico.

Os índices ainda são preocupantes, é o que mostra o Painel Saneamento Brasil, plataforma com os principais indicadores socioeconômicos e ambientais divulgado pelo Instituto Trata Brasil.

No Brasil, são quase 35 milhões de pessoas sem acesso ao atendimento de água, 45,9% da população não tem acesso à coleta de esgoto, o que representa quase 100 milhões de pessoas. Já no que diz respeito ao tratamento, apenas 49,1% de todo o volume de esgoto é tratado. Além do mais, milhares de litros de esgoto são despejados diariamente na natureza.

Entre uma das principais consequências da precariedade dos serviços, está o impacto na renda dos profissionais do turismo no país. De acordo com dados do Painel Saneamento Brasil, há grande diferença no que diz respeito à renda do trabalho no turismo das pessoas com saneamento básico e os que residem em locais sem acesso aos mesmos serviços. Estima-se que no Brasil, a diferença salarial desses trabalhadores é de cerca de R$ 1.200,00. Vale ressaltar que, no ano base dessa pesquisa, em 2018, cerca de 10 milhões de pessoas trabalhavam no setor de turismo no Brasil.

Em 2018, a renda média da população empregada no turismo com saneamento no país foi de R$ 1.813,09 ? ano com a maior salário. Esse índice aumentou consideravelmente se compararmos com 2010 ? ano que apresentou a menor renda, cerca de R$ 650,00 a menos, totalizando apenas R$ 1.280,00. Desde 2011, houve apenas aumento, mesmo que gradativo, na renda da população que trabalha na área do turismo com saneamento em sua residência.

Mesmo apresentando aumento na renda da população empregada no turismo sem saneamento no decorrer desses nove anos, o salário mensal ainda continua baixo comparado a população que trabalha na mesma área com saneamento em suas residências.

Em 2010, a renda média do trabalho no turismo sem saneamento foi de R$ 506,16 enquanto em 2018 quem não tinha saneamento recebia R$ 631,76 por mês trabalhado no setor. Cerca de R$ 130,00 a mais em um período de 9 anos. Mesmo ocorrendo avanços, a diferença ainda é mínima para um período tão longo.

O país deve investir de médio a longo prazo para aumentar seus investimentos em saneamento básico e, por consequência, além de melhorar o acesso a água, coleta e tratamento de esgoto, possa também aumentar a renda média da população brasileira empregado no setor do turismo.

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