A inexistência de um sistema de esgotamento sanitário é o problema mais comum dos domicílios brasileiros. Essa é uma das constatações do IBGE, que divulgou na última quarta-feira, 01.09, a quarta edição da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável. Segundo a pesquisa, o problema atinge 26,8% dos brasileiros.
A pesquisa também revelou que o abastecimento de água deficiente, a falta de esgoto, a contaminação por resíduos ou condições precárias de moradias foram responsáveis por 300,8 internações a cada grupo de 100 mil habitantes em 2008, por doenças como diarréia, hepatites e verminoses.
O documento destaca que, em geral, nos estados com os maiores números de internações, o acesso aos serviços de saneamento é menor e vice-versa. A pesquisa reforça a necessidade de ampliação de serviços de água encanada e esgoto, principalmente.
A pesquisa Benefícios Econômicos do Saneamento Brasileiro, encomendada pelo Instituto Trata Brasil a FGV e divulgada recentemente, já havia constatado a relação direta entre saúde e saneamento. A pesquisa revelou que em 2009, dos 462 mil pacientes internados por infecções gastrintestinais, 2.101 morreram no hospital. Se houvesse acesso universal ao saneamento, haveria uma redução de 25% no número de internações e 65% na mortalidade, ou seja, 1.277 vidas seriam salvas.
Exija o básico
O saneamento básico, como o próprio nome já diz, é um direito básico de todo cidadão brasileiro. Porém, segundo dados do IBGE, em 2008 ainda havia 34,8 milhões de brasileiros de pessoas vivendo em cidades onde não há nenhum tipo de rede coletora de esgoto. Ajude-nos a mudar essa realidade. Assine o Manifesto pelo Saneamento e exija do seu candidato o comprometimento com o saneamento básico! Divulgue aos seus amigos e vamos juntos mudar essa triste realidade.