Já está mais do que comprovado: o saneamento básico é, de fato, o setor mais defasado no Brasil. Apesar de alguns avanços, o saneamento continua sendo renegado a primo pobre da infra-estrutura e metade da população urbana brasileira ainda não tem acesso a rede coletora de esgoto e a tratamento de esgoto. Os prejuízos causados por essa falta de saneamento todos já conhecemos: contaminações e mortes por doenças gastrointestinais, queda no rendimento escolar, prejuízo com horas de trabalho pagas e não trabalhadas, queda na qualidade de vida e outras tantas mazelas.
Enquanto os investimentos do governo em saneamento patinam, os investimentos em publicidade apresentaram um bom crescimento nos 6 anos do governo Lula. De 2003 a 2009, a Presidência da República, ministérios e estatais gastaram R$ 7,7 bilhões com propaganda. Somente em 2009, foram investidos R$ 1,17 bilhão, valor 48% maior que os R$ 796,2 milhões investidos no primeiro ano de governo.
Em tempo: A quantia de R$ 1,17 bilhão investidos em propaganda em 2009 seria suficiente para garantir coleta e tratamento de esgoto a toda a população urbana de Cuiabá, Recife e Brasília. Vale lembrar que essas cidades serão sede da Copa do Mundo de 2014.
Afinal, qual é a prioridade? Universalizar o saneamento de três cidades sede da Copa e melhorar a qualidade de vida da população ou fazer propaganda do Governo?
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