Ter água tratada, coleta e tratamento de esgoto proporcionam diversos benefícios para a população. No entanto, diversas regiões do Brasil não recebem estes serviços para toda a população, como é o caso do Centro-Oeste.
Enquanto o acesso à rede de água na região Centro-Oeste chega a 88,98% da população, os serviços de esgoto, em contrapartida, apresentam uma situação bem diferente. Cerca de 52,89% da população tem o esgoto coletado e o volume de esgoto tratado da região está perto de 53,88%. As perdas de água ocasionadas por furtos, vazamentos, erros de leitura de hidrômetros, entre outros, chegam a 35,67%, de acordo com Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento ? SNIS -, 2018.
Entre os diversos setores socioeconômicos que o saneamento afeta, o mais prejudicado é a saúde, derivada das doenças por veiculação hídrica que atingem direta e indiretamente a população. De acordo com o Painel Saneamento Brasil, plataforma de dados criada pelo ITB, na região Centro-Oeste, em 2018, a incidência de internações por doenças de veiculação hídrica foi de 11,87 internações por 10 mil habitantes, quatro vezes menos se compararmos há 8 anos. Essa incidência teve como resultado, 19.271 internações por doenças associadas a falta de saneamento básico da região em apenas doze meses ano.
Com tantos casos de internações, houve um aumento nos gastos médicos nos estados da região. Dados mais recentes apontam cerca de R$ 7 milhões dispendidos ao tratamento de doenças por veiculação hídrica em 2018 no Centro-Oeste. Mesmo com essa quantia voltada ao tratamento, a região teve 137 óbitos por doenças associadas a falta de saneamento.
Apesar do saneamento na região Centro-Oeste ainda estar distante do ideal, os investimentos realizados nos últimos anos, que giram em torno de R$ 1 bilhão ao ano em média, garantiram algumas consequências positivas, dentre elas, a geração de empregos nos investimentos e operações dos serviços de água e esgoto. Só no ano de 2018, foram gerados 19.313 empregos nos investimentos e 34.945 na operação, resultando em um total de 54.258 empregos frutos do saneamento básico.
Abaixo, mostraremos um panorama geral do saneamento dos 3 estados que componham a região centro-oeste do país, mais o Distrito Federal. Veja:
Mato Grosso
Parcela da população com acesso à água ? 89,3%
Parcela da população com acesso a coleta de esgoto ? 35,6%
Esgoto tratado sobre água consumida ? 43,8%
Perdas na distribuição ? 33,5% Internações por doenças associadas a falta de saneamento ? 3.955
Mato Grosso do Sul
Parcela da população com acesso à água ? 86,4%
Parcela da população com acesso a coleta de esgoto ? 49,5%
Esgoto tratado sobre água consumida ? 36,8%
Perdas na distribuição ? 45,9% Internações por doenças associadas a falta de saneamento ? 2.895
Goiás
Parcela da população com acesso à água ? 85,6%
Parcela da população com acesso a coleta de esgoto ? 46,4%
Esgoto tratado sobre água consumida ? 49,6%
Perdas na distribuição ? 30,2% Internações por doenças associadas a falta de saneamento ? 10.475
Distrito Federal
Parcela da população com acesso à água ? 99%
Parcela da população com acesso a coleta de esgoto ? 89,3%
Esgoto tratado sobre água consumida ? 85,4% Perdas na distribuição ? 34,5% Internações por doenças associadas a falta de saneamento ? 1.856
Para saber mais sobre o saneamento básico dos estados da Região Centro-Oeste, acesse ao site: