O Instituto Trata Brasil lançou na última terça-feira, 19 , o estudo ?Perdas de água: entraves ao avanço do saneamento básico e riscos de agravamento à escassez hídrica no Brasil?. O objetivo do levantamento é mostrar o impacto que essas perdas causam no país. Desenvolvido pelos Profs. Drs. Rudinei Toneto Jr. e Carlos Saiani com apoio da mestranda Regiane Lopes Rodrigues, o estudo mostrou que o problema vai muito além da perda física da água.
Um ponto crítico apontando pelo estudo são as perdas de faturamento das empresas operadoras, que são causadas por vazamentos, roubos e ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no consumo de água, que em 2010 na média nacional alcançaram 37,5%.
Tanto as perdas de água física quanto as de faturamento atrasam ainda mais a situação do saneamento básico no país, além de desperdiçar uma água que é escassa. É o que acontece na região Nordeste onde 86% da população reside em cidades que necessitam de ampliação no sistema atual de água ou de novos mananciais e justamente onde a média de perdas chega a 44,93%, um valor bem acima da média nacional.
Segundo o estudo, uma redução de apenas 10% nas perdas no Brasil agregaria R$ 1,3 bilhão à receita operacional com a água, equivalente a 42% do investimento realizado em abastecimento de água em 2010 para todo o país. Um dinheiro que poderia ser investido nas áreas que estão em estado crítico por escassez hídrica e por falta de saneamento.
[caption id="attachment_2716" align="aligncenter" width="448"] Prof. Dr. Rudinei Toneto Jr. e Édison Carlos, presidente - executivo do Trata Brasil[/caption]
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