Quer saber mais sobre como ter uma vida sustentável? Confira entrevista!

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[caption id="attachment_7708" align="aligncenter" width="808"] Reprodução: Facebook/Aline Matulja[/caption] Entrevistamos Aline Matulja, engenheira sanitarista e ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina, e mestre em Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Aline pode ser considerada uma ambientalista de sucesso nas redes sociais; hoje com mais de 10 mil seguidores pelo projeto ?sustentabilidade sem neura? no Instagram, ela fala sobre compostagem, florestas, poluição e outros assuntos ambientais de forma criativa e bem-humorada. Aline é apaixonada por ações cotidianas de sustentabilidade e acredita na conexão com a natureza e em boas risadas como fontes de cura. Quer saber mais sobre como ter uma vida sustentável? Confira entrevista!

Entrevista - estilo de vida sustentável com Aline Matulja

[caption id="attachment_7754" align="alignleft" width="300"] Reprodução: Facebook/Aline Matulja[/caption]

- Quem é Aline Matulja?

Há dez anos atuo no empoderamento ambiental de comunidades em todo o Brasil. Atualmente coordeno o projeto Banheiros Mudam Vidas, iniciativa de construção de banheiros secos e agroecologia em uma comunidade quilombola no estado do Maranhão. Faço parte do coletivo Acupuntura Urbana de transformação de espaços públicos e através da Roda Ambiental implanta a estratégia Lixo Zero em empresas.

- Quando e porque começou a mudança em seus hábitos de vida?

Desde a infância eu gostava de estar perto da natureza. Na adolescência cresceu minha paixão pelas cachoeiras e florestas da mata atlântica. Assim como toda criança, atenta ao porquê de tudo, eu achava estranho ver o lixo ser jogado em qualquer lugar. Mas foi na época da faculdade, lá em ?Floripa? no ano de 2003 que conheci as amigas que me inspiraram a abandonar os copos e sacolinhas descartáveis, fazer compostagem e trocar o carro pela bicicleta.

- É uma tarefa difícil? Quais são os principais desafios?

Nada é difícil quando você se apaixona e essa paixão acontece quando você percebe que ao deixar de usar um copo descartável, você sabe que sua atitude tem uma ação positiva no mundo ou mesmo no rio que passa ali no seu bairro. O desafio é transformar consciência em hábito no dia-a-dia. Tudo que você precisa é se esforçar durante os primeiros 60 dias. Depois entra no automático!

- O que você faz em casa para ser ecologicamente correta?

Lá em casa a gente transforma cascas de frutas e restos de comida em adubo, usando um minhocário que pode até ser usado em apartamento. Para fazer a feira, nós levamos nossa sacola e também saquinhos de pano e potes para evitar saquinhos descartáveis. Há três anos nós paramos de comer carne e isso reduziu muito nossa pegada ecológica, além de nos deixar mais saudáveis e baratear nossa vida!

- O que é necessário para alcançar o desenvolvimento sustentável?

É necessário que a gente não fique parado! Que cada um ouça sua voz interior e faça as mudanças que pode e deseja fazer. Nós já temos quase toda a tecnologia necessária. Agora é só continuarmos ampliando nossa consciência!

- Qual a relação de uma vida ecológica com o saneamento básico e meio ambiente?

Nós fomos acostumados a achar que cocô é problema. Cocô não é problema. Ele é esterco assim como os dejetos de todo animal! A visão ecológica nos ensina a honrar os nutrientes que a terra dá, reciclando ao invés de torná-lo poluição. Quando os governos perceberem isso e investirem em tratamento de esgoto eficiente, nós transformaremos nosso esgoto em adubo de qualidade.

- Na sua opinião, as pessoas podem acelerar a mudança para estilos de vida mais sustentáveis?

Com certeza! Sair da inércia é muito bom e divertido! Eu não conheço ninguém volta atrás em um hábito ecológico. Isso acontece ser ecológico está no nosso DNA! É só resgatar a essência cíclica que às vezes está adormecida lá dentro!

- Dicas do que podemos fazer em casa para começar;

Um bom ponto de partida é organizar seu lixo em "Recicláveis" e "Não recicláveis". Você já vai ver quanta coisa pode ser aproveitada. Procure uma cooperativa de catadores na sua cidade e doe suas latinhas, garrafas e plásticos para eles. Depois você pode tirar aquela canequinha da infância do armário e levar com você na bolsa. Assim você já reduz uns 300 copinhos por ano. Caminhe mais, vá de bicicleta e principalmente mostre para que está ao seu redor como isso te faz feliz!

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