Atender a população com coleta de esgoto é desafio para os estados do Nordeste

Mesmo com uma leve evolução nos indicadores de saneamento, a região necessita de grandes esforços para universalizar os serviços básicos

Com base nos dados do SNIS 2020, no Nordeste, a população com acesso à água potável é de 74,9%, enquanto os habitantes com atendimento à coleta de esgoto correspondem a 30,29%. Analisando outros indicadores de saneamento, na região 46,3% da água produzida nos sistemas de distribuição não chegam de forma oficial para os habitantes; e apenas 34,14% dos esgotos são tratados.

Comparando com os indicadores do ano anterior, a população da região com acesso à água tratada era de 74,0%; os habitantes com atendimento ao serviço de coleta de esgoto eram de apenas 28,3%. Em relação as perdas de água na distribuição, 45,7% da água produzida era desperdiçada; o volume dos esgotos tratados era somente 33,17%.

Observa-se que o Nordeste apresentou uma pequena evolução nos indicadores de saneamento. A evolução mais notória foi no índice de atendimento à coleta de esgoto, no qual houve um aumento de 1,99% p.p.

Tabela 1 -  indicadores de saneamento por estados da região Nordeste SNIS (2020)

A partir dos dados da tabela acima, é possível concluir que os estados da região Nordeste apresentam grande dificuldades em fornecer a coleta de esgoto para população, além de terem dificuldades em tratar adequadamente os esgotos gerados e controlar o volume de perdas de água potável.

Apresentando números precários, o Maranhão atende somente 13,8% da população que vive no estado com atendimento à coleta de esgoto e trata apenas 13,6% dos esgotos gerados. Além disso, o estado maranhense desperdiça mais da metade de toda água captada nos sistemas de distribuição.

Para alcançar a universalização dos serviços de saneamento, o Nordeste precisa de mudanças no setor. Em busca de atender a população com água e esgotamento sanitário, é fundamental a atuação do governo para elaborar projetos e leis visando a evolução dos índices; e também é essencial a participação de cada cidadão em reivindicar o acesso de qualidade aos serviços básicos.