Mais de 17 milhões de pessoas não têm acesso a coleta de esgoto na região
O sudeste brasileiro engloba os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerias e Espírito Santo. Com cerca de 89 milhões de habitantes, sendo a região mais populosa do país, 8,9% da população não têm acesso à água potável e 20,5% dos moradores não têm atendimento à coleta de esgoto. Ademais, de todo esgoto gerado na região, apenas 55,5% são devidamente tratados. Em relação ao índice de perdas de água, o Sudeste desperdiça diariamente 36,1% nos sistemas de distribuição.
Analisando os estados da região, em São Paulo, 3,8% dos habitantes não têm acesso à água e 9,7% não têm atendimento à coleta de esgoto. A população do estado é de aproximadamente 45 milhões de habitantes, sendo o mais populoso do Brasil. No estado paulista, 34,94% de toda água potável captada não chegam de forma oficial as residências do país. Além disso, 68,9% dos esgotos gerados são tratados.
No Rio de Janeiro, com população de mais de 17 milhões de habitantes, cerca de 9,3% dos moradores não têm acesso à água e 35,6% não têm atendimento à coleta de esgoto. O estado desperdiça diariamente nos sistemas de distribuição 37,82% de água potável. Apenas 39,8% dos esgotos produzido são tratados.
Em Minas Gerais, a parcela da população sem acesso à água potável é de 17,9%, enquanto 26,9% dos habitantes não têm atendimento à coleta de esgoto. Com uma população de aproximadamente 21 milhões de habitantes, no estado mineiro, 36,66% de toda água captada não chegam de modo oficial para a população. Ademais, de todo esgoto produzido apenas 42% são tratados.
Com a menor população entre os estados, no Espírito Santo, dentre os 4 milhões de habitantes, 18,7% não têm acesso à água e 44,1% não têm atendimento à coleta de esgoto. Cerca de 37,25% da água captada nos sistemas de distribuição não chegam para os habitantes. No estado, apenas 42,5% dos esgotos gerado são tratados.
Além dos esforços necessários para fornecer água potável para a população, os estados da região Sudeste devem trabalhar para que os habitantes tenham esgotamento sanitário digno, é possível analisar que existe ineficiência para coleta adequada, sobretudo em regiões vulneráveis dos estados, como é o caso do Norte de Minas Gerais, Sul de São Paulo e partes dos estados do Rio Janeiro e Espírito Santo.
Com a aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento, todos os estados e cidades brasileiras deverão cumprir com as metas estabelecidas até 2033, isto é, 99% da população precisará ser ofertada com água potável e 90% dos habitantes terão que ser atendidos com coleta e tratamento dos esgotos.