Dados do IBGE presentes no Painel Saneamento mostram as diferenças do acesso ao saneamento para a população
Neste dia 2 de dezembro, o estado de Minas Gerais comemora 300 anos de fundação. Dentre as 27 unidades federativas do Brasil, o estado mineiro é o segundo mais populoso com aproximadamente 21 milhões de habitantes. Em relação aos indicadores de saneamento, mais de 5 milhões de mineiros não têm coleta de esgoto e quase 4 milhões não têm acesso a água potável.
A partir de dados presentes no Painel Saneamento Brasil, no blog de hoje o ITB analisará as diferenças entre o acesso e a falta de saneamento no estado que completa 300 anos.
Uma das consequências positivas com acesso de água potável e esgotamento sanitário é a valorização ambiental. Dados do IBGE (2019) apontam que o valor médio dos aluguéis nas residências com saneamento básico é de R$ 644,90, enquanto o aluguel em casas sem saneamento é de apenas R$ 178,38. Uma desvalorização de R$ 466,52 no aluguel devido à falta de saneamento.
Além da valorização ambiental, a melhora nos serviços de coleta e tratamento de esgoto influencia o setor do turismo que propende a crescer. O rendimento médio dos empregados em turismo que moram em residências com saneamento básico é de R$ 1.518,36, em contrapartida a renda do trabalho no turismo sem saneamento é de R$ 428,85. A diferença entre a renda é de R$ 1.089,51.
Segundo o ranking global da premiação Traveller Review Awards 2021 da plataforma de reservas on-line Booking.com, o estado de Minas Gerais é considerado um dos dez destinos mais acolhedores do mundo. Com a universalização do saneamento, o estado mineiro terá ainda mais oportunidades para melhorar os serviços de turismo e também aumentar a qualidade de vida da população.
Para alcançar a universalização o estado precisa cumprir com as metas estabelecidas pela Lei Federal 14.026/2020, no qual, todas as localidades brasileiras irão precisar oferta água para 99% da população e coleta e tratamento dos esgotos para 90% da população.