Saneamento básico nas cidades dos primeiros medalhistas do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio

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Em apenas cinco dias de competição, o Brasil tem cinco medalhas olímpicas!

As Olimpíadas estão acontecendo neste mês de julho de 2021, em Tóquio no Japão. No maior evento multiesportivo do mundo, a delegação brasileira corresponde a mais de 300 atletas, no qual, cinco atletas até o momento conquistaram medalhas para o Brasil, sendo uma de ouro, duas de prata e duas de bronze. Essa é a melhor estreia brasileira na história nos Jogos Olímpicos, com cinco medalhas em cinco dias de jogos.

A partir de dados presentes no Painel Saneamento, iniciativa do Instituto Trata Brasil com o intuito de levar mais informações aos brasileiros sobre o acesso à situação do saneamento nas cidades onde moram, é possível analisar quais são os indicadores de saneamento básico dos cinco medalhistas brasileiros nesses primeiros dias de Jogos Olímpicos.

O primeiro medalhista do Brasil nessa edição das Olimpíadas de Tóquio foi o skatista Kelvin Hoefler. O atleta nascido em Guarujá, litoral do estado de São Paulo, ganhou a medalha de prata no evento inaugural de skate street masculino. No município do Guarujá, a população com atendimento de água potável corresponde a 81,97%. Em relação coleta de esgoto, 69,3% dos habitantes da região têm acesso a esse serviço e 69,1% do esgoto é tratado.

No skate street feminino, o Brasil também conquistou uma medalha de prata, com a skatista Rayssa Leal de apenas 13 anos que fez história nas Olimpíadas, sendo a atleta brasileira mais jovem a conquistar uma medalha olímpica. A “Fadinha”, como ficou conhecida desde os primeiros vídeos que saíram na internet, nasceu em Imperatriz, cidade do estado do Maranhão. Na cidade, 84,7% da população tem acesso à água potável e somente 29,2% tem acesso a coleta de esgoto. Além disso, no município com mais de 258 mil habitantes, o esgoto tratado corresponde a 77,7%.

O Judô é a modalidade esportiva que mais trouxe medalhas olímpicas para o Brasil na história e nessas Olimpíadas entregou mais uma com o gaúcho Daniel Cargnin. O judoca medalhista de bronze nasceu em Porto Alegre, entretanto foi criado em Canoas. O município localizado no Rio Grande do Sul tem uma população com mais de 246 mil habitantes, e em Canoas toda população tem acesso à água potável, porém somente 43% da população tem coleta de esgoto e apenas 51,1% do esgoto gerado é tratado. Na natação, Fernando Scheffer é outro gaúcho que nasceu no município de Canoas a ganhar uma medalha de bronze para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

O primeiro a conquistar uma medalha de ouro para o Brasil nessas Olimpíadas de Tóquio foi o surfista Ítalo Ferreira que também garantiu o primeiro ouro da história do surfe em Olimpíadas. O medalhista de ouro, nasceu em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte.

O município que apresenta pouco mais 9 mil habitantes não figura no Painel Saneamento Brasil. Todavia, o Trata Brasil realizou uma busca no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) para obter informações dos indicadores de saneamento de Baía Formosa, os dados encontrados foram em relação população total atendida com abastecimento de água, que corresponde a 8.187 mil habitantes, do qual 88,31% da população tem acesso à água potável. Os dados sobre coleta e tratamento de esgoto não foram informados no SNIS.

As cidades onde nasceram os medalhistas olímpicos brasileiros ainda apresentam alguns desafios para alcançar a universalização do saneamento básico para os habitantes. Com a aprovação do novo Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020), todas as cidades brasileiras irão precisar oferta água para 99% da população e coleta e tratamento dos esgotos para 90% da população.

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