As chuvas fortes e as enchentes por todo o País continuam fazendo várias vítimas e causando tragédias. Além dos bens materiais perdidos, as vítimas das tragédias ainda estão sujeitas as doenças causadas por vírus e bactérias, que são arrastadas com a água junto com as cheias.
Uma das doenças comuns causada pelas enchentes, mais especificamente pelo contato com a água poluída e contaminada, é a Hepatite A. Segundo o Dr. Aristides Júnior, Médico da Santa Casa de Santos, o quadro clínico da Hepatite A pode ser desde um paciente assintomático até um quadro semelhante à gripe. ?Classicamente, a pessoa infectada pode apresentar uma icterícia (peles e olhos amarelados), colúria (urina escura como chá mate), fezes claras, febre e dores no corpo, náuseas e vômitos. Também podem ser observada perda de apetite e queda do estado geral?, explica.
De 10% a 20% dos pacientes infectados precisam ficar internados de 4 a 6 dias. Além dos dias de internação, os adultos infectados perdem, em média, 27 dias de trabalho para total recuperação.
Segundo o Dr. Aristides, a melhor prevenção ainda é a vacina, que tem um alto custo. Entretanto, ele explica que um estudo americano do CDC-Atlanta, de 2006, comprova que a vacina preventiva gerou uma diminuição de custos de US$ 489 milhões (1997) para US$ 93 milhões (2006). ?A vacina é efetivamente a responsável pela mudança epidemiológica desta morbidade. Apenas com uma mudança de mentalidade dos nossos governantes conseguiremos transferir para o passado esta doença?, conclui.
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