Esse é o alerta do diretor técnico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), o médico infectologista Bernardino Albuquerque. Segundo ele e já com forte na imprensa de Manaus, a precariedade do sistema de esgoto de Manaus, que cobre apenas 11% de toda a área urbana da cidade, favorece a ocorrência de doenças graves como hepatites A, malária e febre tifóide. A cidade já registra 798 casos, seguido pelo tipo B, com 225 casos e C, com 32 infectados.Para o infectologista, o estudo do Trata Brasil que deixou Manaus em 68º em um ranking de saneamento com avaliação das 79 maiores cidades do País, reflete diretamente na alta incidência de infecções e viroses nas áreas onde o serviço de saneamento básico é precário ou não existe. O levantamento do Trata Brasil, diz ainda que a concessionária responsável pelo abastecimento de água, a "Águas do Amazonas", produz anualmente, 197.520 bilhões de litros de água. Desse total apenas 30% são tratados, o que equivale a 59 bilhões de litros. Mesmo diante da má qualidade dos serviços prestados, a cidade tem a quarta tarífa mais cara, R$ 2,8 por metro cúbico. Fica atrás apenas de Canoas (RS), Porto Velho (RO) e Belo Horizonte (MG).