A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, divulgada pelo IBGE na última sexta-feira, comprova que o Brasil avançou pouco no setor entre 2003 e 2008. Apesar dos avanços, como a criação do Ministério das Cidades, os recursos do Programa de Aceleração do PAC, e o marco regulatório do setor (Lei 11.445/07), mais da metade das famílias brasileiras ainda vive sem sistema de esgoto. Segundo a pesquisa do IBGE, em 2008, 56% dos domicílios brasileiros não tinha acesso à rede de esgoto. As regiões Norte e Nordeste são as mais afetadas.
A pesquisa também revela que um quinto das cidades despeja seu esgoto de forma inadequada, em fossas sem tratamento, na água ou a céu aberto. Nas cidades que coletam esgoto, outro dado preocupante revelado pela pesquisa do IBGE é o tratamento do material coletado: apenas 28% das cidades tratam o esgoto coletado.
O estudo do IBGE é feito com base em dados fornecidos pelas prefeituras, associações comunitárias e órgãos públicos e privados responsáveis por serviços de saneamento em todos os municípios brasileiros.
Saneamento e saúde
As péssimas condições sanitárias encontradas pelo País afora tem relacionamento direto com a saúde da população. Segundo dados da ONU, cada R$ 1 investido em saneamento corresponde a uma economia de R$ 4 na saúde.
Segundo a pesquisa ?Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro?, encomendada pelo Instituto Trata Brasil a FGV, em 2009, dos 462 mil pacientes internados por infecções gastrointestinais, 2.101 morreram no hospital. Se houvesse acesso universal ao saneamento, haveria uma redução de 25% no número de internações e 65% na mortalidade, ou seja, 1.277 vidas seriam salvas.
Manifesto pelo Saneamento
Se você também quer mudar a realidade do País e garantir a universalização do saneamento, assine aquinosso manifesto e exija do seu candidato um compromisso com o saneamento básico. Saneamento é cidadania!