A PNAD 2008 do IBGE mostra que a desigualdade caiu, mais brasileiros conquistaram emprego formal, casa própria e internet mas no saneamento o país continua empacado. O acesso dos domicílios à rede de esgoto passou de 51,1% em 2007 para 52,5% em 2008. Um aumento pífio de 1,4% e 27,3 milhões de domicílios continuam sem acesso a rede coletora de esgoto. Como agravante na região Norte e em cidades como o Rio de Janeiro o acesso diminuiu demonstrando que o setor de saneamento continua sendo o esgoto da infra-estrutura brasileira.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fundação pública federal vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, caso o desempenho do setor nos últimos cinco anos seja mantido, pode-se especular que somente em 2055 o percentual da população com acesso a saneamento básico chegaria a nível equivalente aos serviços públicos de água, coleta de lixo, luz e telefone que hoje chegam a cerca de 90% dos domicílios.
Saneamento é um problema local, das cidades e sem o engajamento dos gestores municipais teremos grandes dificuldades para acelerar o acesso a esgoto coletado e tratado. Pesquisa Trata Brasil/IBOPE nas maiores cidades brasileiras revela que 68% da população enxerga a administração municipal como a responsável por prover serviços de saneamento. Cabe a nós cidadãos cobrar e reinvidicar melhorias, assim como reconhecer e valorizar as intervenções realizadas pelo poder publico.