A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que um bilhão de pessoas não tenha água para beber em 2025. A água potável é mal distribuída no planeta e, com a crise hídrica, automaticamente outras desigualdades crescerão. As doenças, por exemplo, ocasionadas pelo consumo de água não potável e o saneamento básico precário irão se proliferar. Ainda de acordo com a ONU, cerca de 2,5 bilhões de pessoas não terão acesso a saneamento básico.
Segundo o relatório da WWF Internacional ?Países ricos, pobres em água?, a combinação de mudanças climáticas e infraestruturas inadequadas para a água e a má gestão de recursos hídricos estão agravando a crise e países como Austrália, Espanha, Estados Unidos, Japão e partes do Reino Unido estão afetados.
A previsão para o Brasil é de que, em 2025, um terço da população não tenha água. Em São Paulo, o nível dos reservatórios já está em estado alarmante e daqui 11 anos o déficit deve ser cinco vezes maior do que atualmente. O estado da Califórnia, o mais populoso dos EUA, também vive a maior crise hídrica de sua história, entretanto, o estado americano tomou providências para reverter o problema com inúmeras campanhas publicitárias e incentivos à economia de água, além dos estudos de empresas focadas em soluções de gestão e tratamento de água.
A ONU preocupada com as mudanças climáticas e escassez hídrica realizaram uma conferência sobre o clima, em Lima no Peru. O evento buscou consensos para que se assine em Paris, no ano que vem, um novo acordo global sobre o clima que substitua ou melhore o atual Protocolo de Quioto, que tem como meta a redução na emissão de gases-estufa na atmosfera, assinado em 1997. É imprescindível que as nações unam suas forças para que o meio ambiente seja preservado e que se diminua a velocidade das mudanças climáticas, pois o clima extremo com frentes de calor e temperaturas abaixo do esperado já prejudica as plantações e as rendas.
Os países terão metas a cumprir para frear o aquecimento global, cada um utilizará dos recursos que dispõem para conseguir zerar os lançamentos até 2100. Segundo o relatório da ONU, a temperatura média da superfície da Terra e dos Oceanos subiu 0,85ºC de 1880 a 2012. Caso não houver a redução, de acordo com o IPCC (Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas) fenômenos como secas, enchentes, degelo dos pólos e aumento do nível dos mares acontecerão mais vezes.
O governo federal brasileiro apresentou, em 2009, metas para diminuir entre 36,1% e 38,9% as emissões nacionais até 2020. O país reduziu 41,1% suas emissões de gases-estufa em 2012 em comparação com 2005, segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia. Esse avanço deu-se através da queda do desflorestamento da Amazônia Legal, entretanto, houve um aumento de 35,9% de emissões da área de energia, ocasionados pelo desenvolvimento do país. Apesar das mudanças, o Brasil não está livre dos impactos, o exemplo pode ser citado com a pior estiagem em 80 anos que sofre o sudeste do país.
Embora seja lenta, a negociação entre a ONU e as nações é a única maneira de garantir os interesses de cada país e fazer com que os objetivos sejam alcançados, mesmo que não rapidamente.