O saneamento básico vai muito além do que levar o esgoto embora de nossas casas
Praticamente metade da população brasileira não tem rede de esgoto em suas casas. Grande parte não tem conhecimento sequer desta cifra impressionante, mas o que é mais alarmante é estar alheio às conseqüências deste fato.
Um bom exemplo do que o saneamento básico com investimentos consistentes pode fazer vem de Salvador. Por meio do programa Bahia Azul, a cidade ampliou sua rede de esgoto. Com isso, os óbitos por doenças infecciosas e parasitárias tiveram queda de 2,4% em nove anos, com impactos ainda mais significativos na saúde das crianças.
O saneamento básico também afeta a produtividade do brasileiro. Em áreas onde o serviço é inexistente, os trabalhadores faltam 11,5% mais. Os dados de produtividade também podem ser transferidos aos estudantes: considerando a permanência na escola, na faixa etária dos 0 a 17 anos, a população com saneamento básico estuda por 25% mais tempo que os sem saneamento.
Apesar de serem o principal destino turístico no Brasil, as cidades litorâneas têm menos acesso à rede de esgoto que as não-litorâneas: 53% contra 68%. Uma melhora nestes índices traria benefícios às cidades e, consequentemente, mais turistas e mais renda.
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Sobre o Instituto Trata Brasil
O Instituto Trata Brasil é uma OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - que visa coordenar uma ampla mobilização nacional para que o país possa atingir a universalização do acesso à coleta e ao tratamento de esgoto.
Alguns dados alarmantes:
Apenas metade da população brasileira tem acesso à rede de coleta de esgoto. Diante de quase 100 milhões de pessoas que não contam com a mesma sorte.
O tratamento do esgoto coletado chega a apenas 30% da população, um índice muito inferior a outros países sul-americanos, como o Chile, onde 97% dos domicílios têm coleta de esgoto.