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Campinas foi destaque no evento do Instituto Trata Brasil, “Avanços em Saneamento Básico 2015, como cidade destaque em redução das perdas de água.

Ocupando a 24ª posição no Ranking do Saneamento 2022, o município de Campinas, no interior de São Paulo, apresenta indicadores positivos de saneamento básico.

Atualmente, a cidade paulista abastece 98,1% da população com água tratada, 94,8 da população tem acesso à coleta de esgoto e 71,8% do esgoto gerado é tratado.

Confira os indicadores da cidade de Campinas:

  Indicador de atendimento total de água (%) Indicador de atendimento total de esgoto (%) Indicador de Esgoto Tratado por água consumida (%)
2014 97,81 87,66 52,94
2015 97,81 90,87 64,27
2016 97,85 90,87 67,98
2017 98,08 94,07 68,41
2018 98,09 94,39 70,32
2019 98,09 94,66 71,18
2020 98,1 94,8 71,8


O INSTITUTO TRATA BRASIL ENTREVISTOU A SOCIEDADE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO, SANASA, RESPONSÁVEL PELOS SERVIÇOS NO MUNICÍPIO. LEIA NA ÍNTEGRA:

Que esforços você destacaria como fatores mais importantes na gestão do saneamento local e que fizeram com que se chegasse a esta posição tão boa?

Entre os vários esforços dispensados para atingir essa posição de destaque no cenário nacional, em que segundo as metas da lei no saneamento nº 14026/20 são: 99% da população com água potável em casa até dezembro de 2033, 90% da população com coleta e tratamento de esgoto até dezembro de 2033 e ações para a diminuição do desperdício de água potável.

A SANASA apresenta os seguintes dados (SNIS):

99,81% de abastecimento;

96,31% de coleta;

95% capacidade instalada de tratamento.

92% de tratamento de esgoto;

20,70% de perda na distribuição;

13,2% de perda de faturamento.

Ou seja, Campinas já tem seus serviços de saneamento universalizados, segundo os indicadores do novo marco regulatório. Isso só é possível devido aos investimentos da Sanasa no saneamento de Campinas. Nos últimos 8 anos, mais de R$ 800 milhões já foram investidos, beneficiando a população campineira. Com a conclusão da Estação Produtora de Água de Reúso (EPAR) Boa Vista, Campinas será a primeira cidade com mais de 500 mil habitantes a atingir 100% da capacidade instalada para tratamento de esgoto.

Além disso, a Sanasa tem capacidade de planejamento, seus funcionários têm sinergia para cumprir os objetivos comuns, cada qual com a sua tarefa, mas todos olhando para o mesmo foco, e a administração superior também se engaja nesse objetivo.

 

Quais desafios e problemas vocês enfrentaram para a melhoria do saneamento básico da cidade? Como resolveram para chegar nos indicadores atuais?

Os problemas são variados, entre eles a distância dos bairros mais periféricos, invasões irregulares de moradias e núcleos residenciais não urbanizados, entre outros, com dificuldade para levar redes de água e esgoto. A solução para atender a essas demandas parte sempre do planejamento das ações, além do envolvimento de toda a administração pública, e não somente da empresa de saneamento, pois cada secretaria tem um papel fundamental para o atingimento da universalização, seja removendo famílias de áreas invadidas e/ou em locais de risco, seja regularizando núcleos irregulares ou, ainda, disponibilizando moradias a cidadãos com baixa renda através de subsídios governamentais nos locais onde há infraestrutura adequada.

 

Investimentos sem uma boa gestão não trazem resultados. E o oposto? É possível ter sucesso com pouco recurso financeiro?

Entendemos que sim. Tudo parte de uma tarifa justa e de um planejamento. Com o estabelecimento de meta de universalização até 2033 e os recursos necessários a serem investidos, para que se alcance essas metas, propõe-se a tarifa justa e obtém-se o sucesso no prazo previsto. Vale lembrar que o sucesso é a somatória de cada pequena vitória determinada através de um cronograma factível e o acompanhamento desse processo.

Que conselhos vocês dariam aos gestores e empresas operadoras de outras cidades para que consigam melhorar os indicadores de saneamento?

Entendemos que parte do princípio da vontade política em universalizar o saneamento, tarifas justas que permitam a manutenção do sistema operacional e investimentos para universalizar, seja com recursos próprios ou com contrapartidas para financiamento. Estes investimentos podem ser viabilizados tanto por empresas públicas ou concessões, conforme a diretriz política de cada cidade ou região.

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