São Caetano do Sul

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A cidade de São Caetano do Sul, no estado de São Paulo, foi destaque no evento do Instituto Trata Brasil, “Exemplos em Saneamento Básico Municípios provam ser possível universalizar serviços e reduzir perdas de água 2017”, pelo bom desempenho no indicador de perdas de água na distribuição.

Atualmente, a cidade abastece 100% da população. O município realiza coleta de esgoto de 100% dos habitantes e 85% do volume do esgoto gerado é tratado.

Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), plataforma de indicadores do Ministério do Desenvolvimento Regional, mostram a seguinte série histórica do município:

Ano  Indicador de atendimento total de água (%) Indicador de atendimento total de esgoto (%) Indicador de Esgoto Tratado por água consumida (%)
2014 100 100 85
2015 100 100 85
2016 100 100 85
2017 100 100 85
2018 100 100 85
2019 100 100 85
2020 100 100 85


O INSTITUTO TRATA BRASIL ENTREVISTOU O SISTEMA DE ÁGUA, ESGOTO E SANEAMENTO AMBIENTAL DE SÃO CAETANO DO SUL, SAESA SCS, RESPONSÁVEL PELOS SERVIÇOS NO MUNICÍPIO. LEIA NA ÍNTEGRA:

Que esforços você destacaria como fatores mais importantes na gestão do saneamento local e que fizeram com que se chegasse a esta posição tão boa?
Planejamento de um programa para redução de controle de perdas – PRCP;

  • Definição de políticas, diretrizes de metas a serem atingidas pelo SAESA;
  • Divulgação periódica dos resultados (motivação);
  • Implementação do programa de perdas contínuo e sustentável;
  • Trabalho de conscientização (educação ambiental) direcionados aos funcionários e população;

Quais desafios e problemas vocês enfrentaram para a melhoria do saneamento básico da cidade? Como resolveram para chegar nos indicadores atuais?
São Caetano do Sul atingiu o atual nível de desenvolvimento através de planejamento e investimentos contínuos nas seguintes ações:

  • Substituição do parque de hidrômetros (micromedição);
  • Substituição de cavaletes de ferro galvanizado por ULMC (Unidade de Ligação Medição e Controle), reduzindo as perdas de água nos ramais;
  • Remanejamento e otimização da distribuição de água, através da substituição de redes de ferro fundido obstruídas;
  • Implantação da microssetorização (VRP’s / DMC’s);
  • Realização de campanhas educativas/institucionais (redes sociais, site, distribuição de material impresso, projetos de educação ambiental na rede de ensino, patrulha da água, entre outros).

Investimentos sem uma boa gestão não trazem resultados. E o oposto? É possível ter sucesso com pouco recurso financeiro?
Não é possível ter sucesso com pouco recurso financeiro, uma vez que as perdas nos sistemas de abastecimento de água exigem ações constantes e sistemáticas, exigindo um planejamento apurado, além de constantes investimentos. O desafio para o futuro é reduzir ainda mais os índices de perdas nas redes de distribuição para manter 100% de cobertura de abastecimento, tendo em vista o crescimento populacional e a ausência do aumento do volume de água fornecido pela SABESP, sendo de extrema importância a implementação de todas as ações previstas, acima relacionadas.

Que conselhos vocês dariam aos gestores e empresas operadoras de outras cidades para que consigam melhorar os indicadores de saneamento?
Assegurar recursos financeiros criando uma linha específica para o combate as perdas nos orçamentos de investimentos e custeio;

  • Implementar um programa de comunicação para dar suporte e visibilidade à política de controle das perdas;
  • Implementar um programa de capacitação pada dar suporte a execução das atividades de combate as perdas;
  • Gestão pela base operacional/comercial;
  • Definir e manter um planejamento para gerenciar o programa de perdas integrado a estrutura organizacional.

 

 

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