ITB lança estudo sobre os benefícios econômicos no estado de São Paulo

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Nesta segunda-feira, o Instituto Trata Brasil lançou o estudo ?Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento em São Paulo?.  A análise foi realizada em parceria com a Ex Ante Consultoria Econômica, e quantifica os ganhos do saneamento básico nas áreas da saúde pública, turismo, valorização imobiliária, produtividade do trabalhado, entre outras. Dados da pesquisa informam que diante de um país desigual em saneamento básico, o Estado de São Paulo em 10 anos (2005 a 2015) agregou mais 7,7 milhões de cidadãos ao serviço de abastecimento de água, saindo de 92,6% para 95,6% da população com acesso ao sistema. Em relação à coleta dos esgotos, foram mais 9,6 milhões de pessoas incorporados ao sistema, saindo de 78,7% e indo para 88,4% da população. Os números de São Paulo são superiores à média nacional, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS ? ano base 2015). O país ainda tinha 34 milhões de brasileiros sem acesso à água, e quase 100 milhões sem coleta dos esgotos e somente 42% dos esgotos tratados. Além dos dados e índices de água e esgoto, a pesquisa apresenta a importância da universalização e as áreas que podem ser beneficiadas no estado de São Paulo.

Universalização e benefícios em São Paulo

Um ponto crítico apontado pelo estudo é a universalização do saneamento. De acordo com a pesquisa, considerando o custo médio para se levar água e esgotos às moradias no Estado de São Paulo, o estudo estimou que para se chegar à universalização dos serviços serão necessários R$ 26,7 bilhões em 20 anos ? a valores presentes e a preços de 2014 - ou seja, precisaríamos de um investimento anual mínimo de R$ 1,3 bilhão. Em duas décadas, já descontando os custos da universalização, os ganhos econômicos e sociais trazidos pela expansão dos serviços em suas diversas áreas alcançariam R$ 64,9 bilhões. Isso significa que a universalização do saneamento traria ganhos expressivos para os paulistas, muito superiores aos custos da universalização. Os cálculos permitem concluir que, na média do período que vai de 2015 a 2035, a cada R$ 1.000,00 que se investirá na expansão da infraestrutura de saneamento, a sociedade brasileira obterá R$ 2.426,00 de retorno social no longo prazo.

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