Além da tecnologia: Para um Tietê vivo novamente é necessário a união dos municípios

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No início desta semana, o Governo do Estado de São Paulo fechou acordo com o governo francês para despoluir o rio Tietê, da mesma maneira em que foi despoluído o rio Sena, localizado em Paris. Em entrevista para a rádio SulAmérica, Édison Carlos, presidente executivo do Trata Brasil, explica que o projeto é uma boa noticia, mas que o desafio maior não é a tecnologia e sim a união dos municípios do estado.

Há mais de vinte anos e com o consumo de cerca de três bilhões de reais, o projeto Tietê almeja a purificação do rio, entretanto, após esses anos poucas diferenças são notadas. ?É preciso ser feito um grande pacto para que todas as cidades atuem de uma forma articulada porque o Tietê recebe uma série de impactos ambientais de todas as cidades que acabam jogando seus resíduos nele, principalmente o esgoto doméstico que é o maior poluente hoje?, explanou Édison Carlos.

O desafio para que o projeto realmente seja vitorioso ultrapassa as barreiras tecnológicas. Para a purificação do rio são necessários recursos importantes, mas para obter o resultado desejado é preciso casar tecnologia com a paralisação imediata de lançamento de esgotos no Tiete. ?Existe cidades bem atendidas, mas há um número grande de cidades da região metropolitana de São Paulo com níveis de tratamento de esgoto que não chega a 30%. Então, tecnologia existe, mas o complicado é a questão política, ou seja, o envolvimento de todas as cidades. Somente assim o Tietê terá uma solução?, afirmou o presidente do Instituto. 

[caption id="attachment_3275" align="aligncenter" width="595"]Rio Tietê, São Paulo Rio Tietê, São Paulo[/caption]

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