Como anda os serviços de saneamento básico nas capitais de nosso país?

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Já mostramos em textos anteriores a importância que o saneamento básico tem para a qualidade de vida da população e como a falta dos serviços de água e esgotamento sanitário causa diversos problemas para a população, desde a saúde e educação a valorização das residências e dos próprios salários.

Com o passar dos anos, o Brasil evoluiu no setor de saneamento básico, entretanto, há muito o que melhorar, e diversos lugares ainda devem esses serviços para a população. Visando isso, no texto de hoje vamos destacar os dados das capitais nos principais índices de saneamento básico de acordo com o Ranking do Saneamento, publicado em 2020 (SNIS 2018).

Abastecimento de água

Precisamos ressaltar que apesar da alta disponibilidade hídrica do país, muitas regiões ainda possuem índices precários no quesito de atendimento de água. De acordo com o estudo, metade das capitais tem índice de mais de 80% de atendimento total de água. Porém, a situação no país é bastante desigual. Há capitais na Região Norte com indicadores de atendimento em água próximos ou abaixo de 50%, como é o caso de Porto Velho (35,26%) e Macapá (39%).

Dentre as capitais que apresentam 100% de abastecimento de água para a população, estão todas da região Sul do Brasil, além de João Pessoa, do Nordeste e Campo Grande, localizado na região Centro-Oeste do país.

Coleta e tratamento de esgoto

A falta de tratamento de esgoto e principalmente o descarte incorreto desses resíduos está diretamente ligado às várias doenças que afetam a saúde da população.

Mesmo com esses problemas, em relação ao atendimento total de esgoto, apenas quatro capitais têm índice com mais de 90% de atendimento. Há capitais na Região Norte com indicadores de atendimento em esgoto próximos ou inferiores a 10%, como é o caso de Manaus (12,43%), Macapá (11,13%) e Porto Velho (4,76%).

Para os indicadores de tratamento, os números são ainda mais preocupantes. Poucas capitais tratam mais de 80% do volume de esgoto, como Curitiba (94,27%), Brasília (85,36%), e Vitória (82,51%). Belém é a capital que trata menos os esgotos, apenas 2,33%.

Perdas de água

Um dos pontos que precisamos sempre nos lembrar são as perdas de água nos sistemas de distribuição. Ao distribuir água para o consumo humano, os sistemas de distribuição de água

acabam sofrendo com problemas externos, como furtos, vazamentos, erros de leitura na medição e muito mais.

Os dados do SNIS 2018 mostram que as perdas na distribuição do país estão em 38,5%, que significam milhões de litros de água potável perdidas todos os dias.

Para o caso das perdas na distribuição somente cinco capitais possuem índices inferiores a 30%, e apenas uma capital Campo Grande, possui índice inferior a 20%, valor considerado como adequado. São 12 capitais que perdem mais da metade água produzida, sendo que Porto Velho perde mais de 75%.

Investimentos

A ausência desses serviços provoca prejuízos para a economia do país e principalmente para universalização dos próprios serviços.

Essa falta de investimento em água e esgoto afeta diretamente os indicadores de saúde, educação, valorização ambiental e produtividade dos brasileiros.

De acordo com o estudo, foram investidos cerca de R$22 bilhões em valores absolutos nas capitais nos últimos 5 anos, sendo que São Paulo foi a capital com o maior investimento, R$ 10,5 bilhões (mais de 45% do total), seguido de Rio de Janeiro, R$ 1,7 bilhão e Brasília, R$ 1,1 bilhão. A capital com o menor investimento foi Macapá, com apenas R$ 16 milhões.

Para concluir, todas as capitais do país necessitam de mais investimentos em saneamento básico, visando a melhora nos serviços de água e esgotamento sanitário, possibilitando assim uma melhor qualidade de vida para a sua população.

Quer saber a situação da sua capital e em qual posição ela se destaca entre as 27 do país? Acesse:

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