O Instituto Trata Brasil esteve na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), na sexta-feira (28 de junho), para participar do evento de lançamento do jogo "Guerra dos Patógenos", elaborado por docentes e alunos.
Responsáveis pelo projeto, as professoras Dra. Kátia Oliveira e Dra. Erika Suzuki puderam falar um pouco sobre a trajetória da construção do jogo, e o Coordenador de Comunicação do Instituto Trata Brasil, Rubens Filho, explicou um pouco mais sobre a participação do Instituto no projeto. Após a palestra, houve um workshop com o jogo ?Guerra dos Patógenos?, no qual alunos(as) e professores(as) da Unifesp, assim como de outras entidades de ensino.
?Patógenos em Jogo? conta com o apoio do Instituto Trata Brasil desde 2016 com o objetivo de proporcionar uma maior interação entre crianças e adolescentes de uma forma pedagógica. O jogo quer ensinar sobre diversas doenças causadas por parasitas, ao mesmo tempo em que exercitam elementos de outras matérias como geografia e matemática.
Conversamos um pouco mais com as responsáveis do projeto, Kátia e Erika, sobre o novo jogo ?Guerra dos Patógenos? e qual a sua importância para o saneamento básico. Confira!
Como foi a ideia de tudo isso? Qual foi o caminho desde o projeto patógenos em jogo até o jogo guerra dos patógenos propriamente dito?
Nós queríamos fazer uma extensão universitária e a ideia realmente partiu da Katia, a Katia queria e teve a ideia de trabalhar com jogos educativos, mas a gente não sabia ainda que tipo de jogo seria, e isso quem faria e decidiria, seria os alunos de graduação. Então nós como professoras da universidade trabalharíamos com os alunos de graduação tanto da Unifesp como de outras instituições do ensino superior. Justamente por ser um projeto de extensão, nós queríamos envolver outros alunos de outras universidades para que eles criassem junto com a gente um jogo decidido por eles. O processo levou mais ou menos 1 ano para a gente definir o grosso do jogo, quais as características principais do jogo. No caso da ilustração, o Lucas entrou um pouco depois, já quando o jogo tinha os mecanismos decididos e feitos. O Lucas entrou no projeto e fez ilustrações maravilhosos e fechou esse jogo lindamente.
Qual a importância para as crianças e adultos saber sobre as doenças infecciosas e os parasitas?
Eu acho que a importância principal é saber como evitar as doenças infecciosas, principalmente em lugares que não tem saneamento básico. A maneira que a gente vê o jogo é que em lugares que não apresentam saneamento básico, deve-se primeiro saber como se evitar doenças em lugares dessa natureza e também educar as pessoas para lutar pelo direito de ter saneamento básico, porque muitas vezes as pessoas que moram nesses lugares normalmente não tem ideia do direito que elas tem. Então o saneamento básico realmente é muito importante e sabemos disso pois iria evitar muitas doenças, além de ser muito melhor economicamente para o país, por esse motivo fizemos o jogo.
Na visão de vocês qual a importância do saneamento para as doenças infecciosas e o que cada um pode fazer em suas casas para tentar melhorar essa situação?
Saneamento é fundamental e a correlação é total com o aumento de doenças infecciosas. Então o que o cidadão deve fazer é lutar para que o saneamento básico chegue as suas portas, porque é um direito do cidadão, ele precisa aprender a reivindicar. Nesse contexto o Instituto Trata Brasil faz um caminho muito bonito de ensinar como se ter acesso ao que se é de direito e também entender que nós contribuímos muito, mesmo em pequenas coisas. Aquele lixo que eu deixo fora do lugar, aquele resto de obra, tudo isso faz com que o esgoto que chega aos mares começe no primeiro ralo de nossas casas. A partir disso precisamos enxergar urgentemente o que não vemos tão evidentemente e reparar o mais rápido possível.