Doenças parasitárias: até quando viveremos de medidas emergenciais?

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A partir deste ano, o governo brasileiro irá tratar em massa vítimas de doenças parasitárias, como tracoma, helmintíases e esquitossomose em regiões onde essas infecções apresentam alta prevalência ? típico caso de regiões onde não há acesso aos serviços de saneamento básico. Assim, não mais será necessária aguardar a confirmação dessas doenças através de exames laboratoriais para que a medicação seja oferecida. A explicação do secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, para a aplicação dessa medida, é de que atualmente são necessárias pelo menos quatro consultas até que uma pessoa com sintoma passe a ser medicada. Para ele, diante de tanto trabalho, os pacientes, especialmente aqueles que residem nas regiões mais pobres, acabam desistindo antes do diagnóstico ser concluído. A medida é positiva, porém não resolve o problema. Mais uma vez, o País investirá mais dinheiro em medidas corretivas, quando todos sabemos que o lógico é investir em medidas preventivas. Enquanto não for resolvido o problema do acesso aos serviços de saneamento básico no País, por mais medidas corretivas que se apliquem, o problema das doenças parasitárias não desaparecerá.

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